Na década de 90, quando o Grêmio venceu a maior parte das competições que disputou e somente perdeu a final do Mundial em Tóquio, nós, gremistas, éramos assaltados por um sentimento de dúvida e de preocupação com fatores extracampo, especialmente nas competições nacionais, e contra o Palmeiras. 

A equipe paulista tinha, à época, um patrocínio milionário de uma empresa de laticínios. Tal situação permitia que contratassem quem quisessem, independentemente dos valores, e havia se tornado um adversário difícil, quase impossível de vencê-lo. Pois o Grêmio alcançou esta proeza e conquistou o bi da Libertadores, ultrapassando em jornada gloriosa aquele grande Palmeiras. 

Tivemos muitos prejuízos de arbitragem e fomos superando todas essas adversidades graças ao heroísmo dos atletas gremistas. Neste ano de 2018, temos novamente o Palmeiras pela frente. As condições financeiras do clube paulista são semelhantes às daquela época, guardadas as devidas proporções, na medida em que possuem novamente patrocínio milionário e, por consequência, um elenco numeroso e qualificado. Acresça-se a isto um técnico de primeiríssima linha e multicampeão. 

História, tradição e elenco de alto nível

No entanto, por história, tradição, elenco de alto nível e recentes conquistas, o Tricolor vai enfrentá-los de igual para igual, mesmo com time misto em face de lesões. Nosso técnico Renato tem inúmeras vitórias no currículo e está apto a vencer o grande Felipão. Mas temos que estar atentos, e admito que o Palmeiras também pense assim, com os jogos da Libertadores, que a nossa meta superior neste ano. Afinal, são os dois únicos clubes brasileiros capazes de trazer a Copa para nosso país. 

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