Os fatos no futebol são quase sempre curiosos, para não dizer caprichosos. Há alguns meses, depois de mais uma grande atuação de Everton, redigi uma coluna e coloquei como título "Everton é Seleção". Fui criticado por muitos, especialmente pelos especialistas e filósofos do esporte. A alegação era de que tratava-se de uma manifestação de um gremista.
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Claro que isso era verdade, pois sou torcedor do Grêmio. Mas isso não me impede de ver o futebol com a razão, em muitos casos. Não sou falso isento e não tento escrever coisas para agradar a quem quer que seja, especialmente quando se tem de cuidar de dois lados, sem autonomia e independência. Minhas modestas previsões acabaram se confirmando. E, para variar, integrando uma panelinha de sempre, não teve as oportunidades que merecia. Mas isso é outro assunto.
Everton se lesionou, ficou de fora não só da Seleção, mas de partidas importantes do Grêmio. Agora, retorna aos poucos e está retomando sua fase anterior, com gols decisivos. Eis que, nos últimos dias, o que mais se pergunta para o jogador, num momento em que todo o time está focado na vaga direta para a Libertadores, é se ele vai deixar o clube, se vai para a Europa.
Vaga direta
Ao mesmo tempo, todos dizem que não há proposta, mas as questões são reincidentes. Vou responder: vai sair um dia, mas, não agora. E vai ser negociado pela sua capacidade de jogar futebol, de fazer gols e conquistar títulos. Porém, antes, vai novamente ajudar a colocar o Grêmio em mais uma Libertadores.