Quando Pedro Lucas foi chamado pelo técnico Odair Hellmann, o duelo contra o Brasil-Pel estava 0 a 0. Na trajetória percorrida do aquecimento até a lateral do campo, o alemão foi ovacionado pela galera no Beira-Rio. Sinal claro de voto de confiança no atleta formado em casa. Gostei da postura dos torcedores. O guri tem o DNA do Inter. 

Chegou ao Colorado aos 11 anos, fez todo o trabalho de fundamentos na base. Foi capitão da equipe e se espelha em Fernandão. É conhecido dentro do clube. Pergunto: onde está escrito, nos manuais do futebol, que os medalhões que vêm de fora, muitas vezes questionados, são soluções definitivas? O treinador botou Pedro Lucas para resolver. Até nem fez o gol, mas jogou mais do que Tréllez. O mesmo vale para Sarrafiore.

SANTO DE CASA

Cada vez mais é hora de apostar na gurizada moldada em casa. Bancar quando as dúvidas e críticas vierem. Driblar o imediatismo. Óbvio que quedas de rendimento surgirão pelo caminho. É normal! Na mesma cidade, há o exemplo do Grêmio, que vem de uma fase com inúmeras revelações de jovens jogadores oriundo das categorias inferiores com ótimos resultados.

Arthur, vendido a preço de ouro ao Barcelona, encabeça a lista. Outros guris aprovaram, mas antes tiveram momentos de dúvidas. É só lembrar de Pedro Rocha, Everton e Luan. Agora, pintam Matheus Henrique, Jean Pyerre, Pepê e Tetê. Todos começam a mostrar as garras tendo sequência. Contudo, é preciso ter convicção para continuar. Só assim será possível construir o futuro.