Nem só de pão vive o homem, e nem só de títulos vive um clube. É preciso ganhar taças aqui e ali, por certo, mas um time de massa também tem necessidade de botar em campo jogadores com status de ídolo entre a torcida.

A gigantesca vitória por 2 a 1 contra o Flamengo, quarta-feira, no Beira-Rio, mostrou que o Inter tem dois atletas com potencial para se transformarem nos mais novos astros da Padre Cacique: os gringos Guerrero e Sarrafiore. Estão no forno, sob o calor das arquibancadas.

Se continuarem nesse caminho e não cederem à primeira proposta para sair, que certamente virá, os autores dos gols do jogo têm tudo para entrar na galeria dos jogadores inesquecíveis. 

Ídolo é o jogador que combina duas características: talento com a bola e identificação com o clube e a torcida. Ambos têm a primeira, e já cultivam a segunda. Isso é importante porque, mesmo quando os títulos rareiam – lembremos do Corinthians de Rivelino lá pelos anos 1970 – esse tipo de atleta mantém a capacidade de manter time e torcida vivos. 

Exatamente como se viu o Beira-Rio em êxtase nessa quarta-feira, em que, como avisamos na coluna de terça, Guerrero tinha tudo para fazer valer a “lei do ex” contra seu antigo clube.

A Gente Vive Junto

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