As cenas de sexta-feira (5) com o ônibus do Grêmio sendo recebido pelos colorados, dentro do complexo Beira-Rio, nunca mais vai sair da minha cabeça. Não era um jogo. Não havia escolta policial. Não havia atletas. Mas não me interessa. Eram dois ônibus carregados com mantimentos que foram doados pelo nosso maior rival, em colaboração à iniciativa colorada de abrir as portas do Gigantinho para receber moradores de rua no final de semana mais frio dos últimos tempos. 

Eu estive lá, alguns minutos antes da chegada dos ônibus, levando roupas e travesseiros. Nos breves minutos que lá fiquei, não pararam de chegar doações. De carros com os porta-malas lotados a pessoas com uma "simples" sacola de supermercado. Todo mundo querendo ajudar. Os olhos marejavam. E não era do vento gelado que vinha do rio.

O poder de mobilização que Inter e Grêmio têm, individualmente, é gigantesco. Juntos, é imensurável. Será que não dá pra acreditarmos numa mudança de comportamento nessa rivalidade? Será que realmente só a desgraça alheia nos une? Eu quero, sempre, ganhar do Grêmio dentro do campo. Mas tenho certeza que ter Inter e Grêmio juntos, em busca de objetivos em comum para ambos os clubes, seus sócios, torcedores e pra sociedade como um todo, seria uma façanha que serviria de exemplo para toda Terra.

A decisão

Brasil e Peru decidem, neste domingo, a Copa América numa final improvável. Com todo o favoritismo do mundo, o time de Tite deve confirmar o título, mas eu não acredito em facilidade. Os 5 a 0 da primeira fase não são exemplo para nada. Não se recomenda salto alto em final, ainda mais no Maracanã. O Peru sabe de sua inferioridade. Gareca é um excepcional treinador. Vai ser um grande jogo! 

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