Com a classificação confirmada para a fase de grupos da Libertadores, o Inter alcançou o primeiro objetivo do ano. Passar dos matas era essencial. E foi uma verdadeira prova de fogo para Eduardo Coudet. Nem tanto pela dificuldade dos adversários, mas pelo pouco tempo de trabalho.

Em menos de dois meses, ele teve de chegar, conhecer o clube, os jogadores e suas características, além do obstáculo natural que é a língua. Nenhum treinador no mundo consegue entender tudo que um grupo pode oferecer num prazo tão curto. 

A estratégia do argentino foi a de, primeiro, proteger-se e, depois, ir ao ataque. Não é o que esperamos dele, mas ninguém pode discordar — agora — que ela deu certo. 

O Internacional jogou 360 minutos pela Libertadores e não tomou nenhum gol. Como eu já desconfiava — e dividi essa ideia com quem acompanha este espaço — ele tinha plena consciência do quanto essa classificação era importante e, por isso, optou por uma estratégia mais cautelosa.

Mudar e fazer testes

Mas agora, com tempo, um segundo turno inteiro de Gauchão e a longa fase de grupos da Libertadores, ele vai mudar, fazer testes, experimentar formações diferentes. Vai conhecer mais as características de cada jogador, principalmente dos que ele nunca trabalhou. 

Será "obrigado" a se acostumar com o clássico Gre-Nal — três são certos e podem ser cinco em menos de dois meses. E, tenho certeza, vai se envolver fortemente com nossa camisa vermelha. Falta muita coisa ainda, eu sei. Mas o tempo, agora, está do nosso lado.

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