Preocupação
Cacalo: isolamento social, ciência contra a prática
O que devemos fazer nós diante de tantas contradições? A quem seguimos?
Confesso que tenho acompanhado todas as manifestações científicas e as que não são em relação à atual pandemia que assola o mundo. De uns dias para cá, percebo que há pessoas em todos os lugares que estão tentando flexibilizar a questão do isolamento social. E tem começado pelo próprio presidente da República.
Mas já há outros, inclusive da área científica, defendendo a tese da flexibilização e o retorno ao trabalho. Mas a imensa maioria das autoridades médicas segue sendo radicalmente contrária. Todas estas atitudes contraditórias estão perturbando aqueles que já tinham ideia definida sobre o assunto. E o exemplo maior é a quantidade de pessoas que saíram às ruas neste final de semana.
A orla do Guaíba esteve repleta de pessoas. Paris mostrou vários franceses frequentando as ruas. Será que a enorme quantidade de seres humanos que já perderam a vida foi em vão? Será que isso por si só não seria suficiente para que houvesse mais resguardo e atenção em relação à vida humana?
A quem seguimos?
O que devemos fazer nós, pobres leigos na matéria científica, diante de tantas contradições? A quem seguimos? E quem faz parte declaradamente do grupo de risco, vai para a orla, como vimos no final de semana? Definitivamente, torna-se necessário uma radical tomada de posição dentro da realidade técnica e científica.