Clubes, federações, torcedores e imprensa. A grande verdade é que todos os segmentos da sociedade estão muito ansiosos para a volta da bola rolando. É ponto pacífico que o futebol faz muita falta na vida da gente. Só que isso não pode ser utilizado como argumento para apressar as coisas. 

A liberação das competições só deve ocorrer de fato quando as garantias de que o risco sanitário de propagação do coronavírus seja mínimo. Para isso, será preciso colocar em prática todos os protocolos indicados pela área da saúde. 

Enquanto não for descoberta uma vacina eficaz, teremos que saber lidar com o perigo de contaminação. Pensar que o futebol pode ser retomado em maio ainda me parece uma ideia prematura. O mais seguro é trabalharmos para que o Gauchão inicie somente a partir da segunda quinzena de junho. Sem pressa.

Tempo de treinar

Os treinos da dupla Gre-Nal serão retomados com limitações. Bem diferente das atividades que estamos habituados a ver. Os jogadores precisarão adquirir ritmo de jogo. Nada melhor do que ter tempo de sobra para realizar uma pré-temporada. Até porque, quando tudo for retomado, a maratona de jogos será forte. Todo mundo terá que estar inteiro.

Dois lados

Não há consenso entre as autoridades europeias quanto a volta do futebol. O chefe médico da Uefa, Tim Meyer, diz que é possível voltar se os protocolos de saúde foram obedecidos. Já Michel d'Hooghe, presidente da Comissão Médica da Fifa, fala que o retorno do futebol é complicado, porque a situação é diferente em cada país. Não há certo ou errado. É hora de bom senso para preservar vidas.