Antes tarde do que nunca. Fifa e Conmebol já tinham mostrado a cara. Agora a milionária CBF resolveu entrar em campo e doar R$19 milhões para equipes das séries C e D, os times de futebol feminino e para as federações estaduais dividirem entre clubes que não disputam competições nacionais. 

A medida foi apenas divulgada pelo site da entidade que comanda o futebol brasileiro. O presidente Rogério Caboclo permanece encastelado na luxuosa sede da Barra da Tijuca sem se pronunciar. 

Para termos ideia, o lucro da entidade em 2019 chegou a casa de R$ 190 milhões. Portanto, para fazer caridade no grave momento que vive o futebol brasileiro será gasto apenas 10%. Além disso, a CBF vai dar isenção por tempo indeterminado das taxas de registro e transferência de atletas.

Grana dividida

No rateio dos recursos, a turma da série D, Caxias, Pelotas e São Luiz levam R$ 120 mil cada um. Ypiranga e São José, na C, recebem R$ 200 mil. O cálculo do valor foi feito da seguinte forma: equivale a duas vezes a folha salarial média dos jogadores dessas divisões, conforme dados no sistema de registro de contratos da CBF. 

Já Esportivo, Novo Hamburgo e Aimoré, que disputam só o Gauchão, junto com os 16 times da Divisão de Acesso e outros 16 da Terceirona Gaúcha dividirão R$ 120 mil, pouco mais de R$ 3 mil para cada instituição. Uma migalha, que não resolve para pagar salários. Para termos uma ideia, com redução de salários de 70% para renovar os contratos, a folha do Esportivo será de R$ 72 mil. Já Brasil e Juventude receberão um adiantamento de R$ 600 mil referentes aos direitos de TV da série B.