Grêmio e Inter não tiveram maiores dificuldades para buscar a adequação dos salários dos atletas em tempos bicudos de queda de receitas. Romildo Bolzan Jr. e Marcelo Medeiros se mostraram hábeis negociadores. Ficou comprovado que dirigentes que cumprem a palavra têm mais facilidade de gerir os clubes. 

Ceará e Fortaleza também conseguiram entrar em acordo com atletas. Já outros clubes no futebol brasileiro vem enfrentando dificuldades de fechar as contas. No São Paulo, parte dos atletas rejeitou a proposta de redução de 50% dos vencimentos. Dívidas antigas são apontadas como causa para não ter acerto. 

O presidente do Atlético MG, Sérgio Sette Câmara, foi duro. Anunciou redução de 25% dos salários e avisou que se alguém estiver insatisfeito, pode pedir o desligamento do clube. 

Naufrágio

Naufragou a ideia de unidade do Conselho Nacional dos Clubes para renegociar os salários. A Federação dos Atletas de Futebol rejeitou a proposta conjunta de 25% de redução. Cada entidade teve que se virar. 

Por enquanto, Bragantino e Coritiba não estão prevendo a diminuição. Os ricos Flamengo e Palmeiras pagarão com tranquilidade em março. A dificuldade pode surgir mais à frente. O Santos tem mantido os salários em dia. Mas os direitos de imagem estão atrasados há dois meses. 

Bahia, Botafogo e Corinthians ainda não decidiram como vão encarar o problema. No Fluminense, a conscientização iniciou com os diretores e gerentes, que diminuíram 15% dos vencimentos. E os times goianos na Série A, Atlético-GO e Goiás, tiveram a negativa dos atletas da proposta de um corte de 50%. Farão negociações individuais.