Dupla Gre-Nal



Silêncio

Luciano Périco: não podemos esperar de Neymar o que ele nunca foi

Jogador não se manifestou diante das discussões sobre racismo

02/06/2020 - 09h01min

Atualizada em: 02/06/2020 - 09h01min


Luciano Périco
Luciano Périco
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FRANCK FIFE / AFP
Atleta do PSG ficou em silêncio sobre o tema nos últimos dias

Não me surpreende a falta de posição de Neymar, para seus milhões de seguidores em redes sociais, diante das discussões sobre racismo que tomam conta do mundo. No campo é um artista da bola. Fora dele, não agrega. Nunca esperei do jogador do PSG qualquer apoio espontâneo em favor de quem é oprimido. De dentro da bolha, não é possível ver e ouvir o clamor do lado de fora. 

Neymar podia aprender com o piloto Lewis Hamilton, que intimou de seus colegas de Fórmula 1, ou se inspirar na postura adotada por Mbappé, Vinicius Jr, Jean Pyerre, Richarlison e Gabriel Jesus. Os jogadores do Liverpool se ajoelham antes de treino em protesto contra violência policial, após assassinato de George Floyd nos Estados Unidos. Os times brasileiros usaram suas redes sociais para apoiar a luta contra o racismo. A neutralidade sempre fortalece o opressor.

FORA DE COGITAÇÃO

A prefeitura do Rio de Janeiro projeta um plano de flexibilização do isolamento social. No esporte, vai liberar os treinos partir de hoje. É o recomeço para pensar no retorno do futebol. O passo seguinte é autorizar os jogos com portões fechados. 

E até julho, a ideia é liberar as partidas com presença de público reduzida a 1/3 da capacidade dos estádios. O último passo do projeto carioca me parece fora da realidade. Na Alemanha e em outros pais da Europa, onde se pretende a retomada bola em junho, nem se cogita a presença de torcedores nos estádios para evitar qualquer tipo de aglomeração. 

Como isso vai acontecer no Rio de Janeiro, onde o número infectados contabiliza mais de 53 mil casos e o número de vítimas fatais supera longe a casa dos 5 mil? Difícil entender.


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