Mais cedo ou mais tarde, o futebol terá que retornar no Brasil. É fato. Caso contrário, todos os clubes vão quebrar. Os grandes e os pequenos. Ninguém vai conseguir sair ileso da falta de recursos imposta pela pandemia. Os presidentes Romildo Bolzan Jr e Marcelo Medeiros já avisaram que está muito complicado manter as contas da dupla Gre-Nal em dia.

É preciso achar um caminho em parceria com as autoridades governamentais e sanitárias. Ampliar o diálogo até chegar a um denominador comum. Aqui no Rio Grande do Sul, todas as equipes trabalham com um rigoroso protocolo, que protege atletas e funcionários nos treinos. A Federação Gaúcha de Futebol também tem todo um projeto rígido, com todos os cuidados de saúde,  para a retomada dos jogos. Aposto que tudo se ajeita até agosto.

Não gosto da generalização que é feita por algumas pessoas, afirmando que quem defende a volta da bola rolando ignora todas as mortes pela covid-19. É uma simplificação muito injusta. De forma alguma, querer que as atividades esportivas sejam retomadas é ter desrespeito à vida. A saúde das pessoas envolvidas no futebol sempre estará em primeiro lugar. Por isso, todos os cuidados estão sendo tomados pelos clubes.

Em busca de uma nova normalidade que passaremos a viver, o esporte precisa retornar. Não podemos esquecer que o futebol também emprega milhares de pessoas no país. Assim como necessitamos da volta plena do entretenimento, do comércio, dos serviços de toda ordem, da indústria e da construção civil. É fundamental manter a economia funcionando.

Claro que a população também precisa fazer a sua parte. Evitar aglomerações e circulação desnecessária pelas cidades, seguir todas as instruções básicas de higiene e usar máscaras. Enquanto não tivermos uma vacina para imunizar a população, teremos que aprender a conviver com o coronavírus.