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Pontos de vista

Grêmio, Inter e o governo do Estado: todos têm razão no duelo contra o coronavírus 

A imprevisibilidade do cenário da pandemia é o principal adversário para o retorno do futebol

01/07/2020 - 09h00min

Atualizada em: 01/07/2020 - 09h00min


Luciano Périco
Luciano Périco
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Mateus Bruxel / Agencia RBS
Cada lado tem suas razões. É preciso encontrarmos um denominador comum

Imaginem a cena. Todos nós estamos presos dentro de um labirinto, procurando uma saída. A pandemia que assola o mundo inteiro não permite projeções a longo prazo. A convicção de hoje é a incerteza de amanhã. Quando tudo parece se encaminhar para encontrar uma solução, podemos dar de cara com a parede, tendo que dar passos para trás. Fica difícil de ter convicção do que é certo ou errado. Cada lado tem suas razões. É preciso encontrarmos um denominador comum. 

Os governantes acertam quando pregam cautela para a liberação dos treinos com contato. A curva ascendente de casos de pessoas contaminadas na região metropolitana de Porto Alegre e a perigosa aproximação de um colapso na rede hospitalar são um forte alerta para a prudência. Concordo que ainda não seja o momento ideal para voltar o futebol de competição. 

Ainda há o outro lado da moeda. A confirmação dos casos dos quatro jogadores do Inter contaminados pelo coronavírus é um fato irrefutável. O aspecto preocupante é que por mais cuidados que estejam sendo tomados, o vírus é traiçoeiro. Mas há um detalhe importante. O perigo real é fora dos CTs, que são uma bolha sanitária. Se houvesse a liberação dos treinos coletivos, a quantidade de atletas contaminados poderia ser maior. Daí se justifica a cautela dos governantes.

E a notícia mais alentadora no quadro de dúvidas é a confirmação da eficácia e a rigidez do protocolo adotado pelos clubes. Por isso, a ideia do Grêmio de ir treinar de forma coletiva em Criciúma também tem suas razões. Com todos os cuidados sanitários e a ampla testagem dos jogadores, fica claro que o trabalho executado é extremamente sério. 


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