Dupla Gre-Nal



Bola rolando

Luciano Périco: por que o retorno futebol não está dando razão aos críticos

Retomada das atividades no final de julho tem como base todos os protocolos indicados pelas autoridades sanitárias

06/08/2020 - 08h00min


Luciano Périco
Luciano Périco
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Jefferson Botega / Agencia RBS
Dupla já se enfrentou duas vezes desde o retorno do Gauchão

Com a volta do futebol, a grande preocupação de todos era a quantidade de aglomerações que o fato iria gerar. Hoje em dia, com todo mundo tendo um celular na mão, as imagens surgiriam rapidamente na internet. Não se viu postagens de pessoas reunidas em grandes grupos para acompanhar os jogos. Futebol virou programa da família sentada no sofá.

Quando temos tempo bom e temperatura agradável, justamente na hora do futebol no final de semana, os principais focos de aglomeração são verificados na orla do Guaíba, nas praças e parques que permanecem abertos em Porto Alegre. O futebol não pode ser responsabilizado pela falta de noção de algumas pessoas, que parecem ignorar os perigos do coronavírus. Para os críticos, o retorno da bola rolando também poderia passar a impressão de que teríamos voltado à normalidade.

Não acredito que tudo o que se sabe sobre a gravidade da pandemia, seria desfeito pelo fato de estar sendo transmitida uma partida na televisão. O próprio cenário do jogo já escancara o momento diferente que estamos passando. Não há público nos estádios. O número de profissionais de imprensa trabalhando é mínimo. Os repórteres entrevistam os jogadores à distância. Treinadores e suplentes - em número reduzido - aparecem de máscara nos bancos de reservas. Gandulas higienizam as bolas do jogo com álcool gel. Os protocolos rígidos testam de forma permanente os atletas e demais envolvidos nas partidas. Os dados recentes indicam todos os casos negativados na dupla Gre-Nal.

Será que, com tudo isso, o futebol passa uma ideia de volta da normalidade como falam os críticos? Óbvio que não! A batalha contra o coronavírus ainda não foi vencida. Não é hora de baixar a guarda. Os números ainda indicam um crescimento de casos e óbitos no Rio Grande do Sul. Temos que manter todos os cuidados com a saúde. 


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