Régua baixa
Abaixo ao conformismo de Grêmio e Inter
Maus resultados não podem ser explicados apenas pelas dificuldades impostas pelo calendário
Tendo por base o que Renato Portaluppi e Eduardo Coudet falaram nas entrevistas coletivas após as partidas da dupla Gre-Nal no último sábado (26), quando se manifestaram sobre a maratona de jogos, o pouco tempo para treinamentos e as dificuldades impostas por lesões, faço a seguinte pergunta: tirando Flamengo e Palmeiras, quais os clubes brasileiros que tem um grupo suficiente para encarar mais do que uma competição simultânea?
É evidente um equilibro entre as forças do futebol brasileiro. Grêmio e Inter não podem se colocar tão abaixo dos demais. Seria adotar um discurso equivocado de coitadismo. Nem mesmo o líder do Brasileirão, Atlético-MG, tem um elenco numeroso e milionário. A receita do Galo alia muito bons jogadores, amparados nos conceitos e no trabalho do técnico Jorge Sampaoli. Não podemos esquecer que os mineiros foram eliminados de forma prematura na Copa do Brasil pelo desconhecido Afogados de Pernambuco.
Grêmio e Inter precisam parar com o discurso que aponta uma série de dificuldades para ter um melhor desempenho. Viagens longas, dificuldades para trabalhar entre as partidas e departamentos médicos movimentados são uma constante em todos os times do futebol nacional, ainda mais em um ano atípico de pandemia.
Que bom que nossos clubes são gigantes e disputam muitas competições na temporada. Mesmo com algumas limitações, não tendo os elencos dos sonhos dos torcedores, é possível acreditar que o Tricolor e o Colorado podem mais. Assumir apenas o papel de coadjuvante, não é algo que agrada a galera. Mesmo com algumas limitações, as equipes de Renato Portaluppi e Eduardo Coudet podem brigar por protagonismo, sim.