Era óbvio que uma hora perderíamos a liderança do campeonato. Demorou até demais para isso ocorrer. Mas o buraco que se encontra o departamento de futebol do Inter sempre pode ser mais profundo. A equipe conseguiu ser derrotada por um Santos em pleno surto de covid-19, que se obrigou a escalar jogadores jovens que nunca haviam disputado uma partida profissional. 

Um verdadeiro vexame, ainda consequência da mal — e, talvez, nunca — explicada saída de Eduardo Coudet do comando. Vale ressaltar que Abel tentou mudar algo, colocando Dourado e promovendo a entrada de Maurício. O meio-campo, muito provavelmente, renderia mais. Só que ninguém contava com a lesão de Edenilson tão cedo. 

A equivocada entrada de Lindoso fez o meio de campo voltar a ser lento. O time só foi se encontrar no inicio do segundo tempo quando criou algumas chances vivas de gol. Mas sucumbiu, mais uma vez, às falhas individuais. Rodinei falhou nos dois gols, fazendo uma falta completamente desnecessária no primeiro e, praticamente, armando o contra-ataque adversário no segundo gol, com a insistente mania de passar a bola para trás. 

Erros que já sabemos que ocorrerão. E, por isso, nem nos espantamos mais. Estamos anestesiados. Abatidos. Olhando na agenda qual a data e horário do próximo jogo do Inter e torcendo, apenas, para que não seja mais um vexame.