Paixão colorada
Lelê Bortholacci: definir titulares deveria ser a prioridade dos treinos do Inter
Acho que Ramírez precisa escolher, pelo menos, a chamada “espinha dorsal” do time
Ao contratar a nova comissão técnica e já sabendo que isso acarretaria uma mudança considerável no estilo de jogo do Inter, um risco era bem previsível e evidente: a queda de produtividade. Algo bem normal quando ocorrem mudanças desse tipo.
É só lembrarmos dos primeiros jogos com Abel Braga no ano passado, quando tivemos resultados ruins e tudo melhorou depois que os jogadores assimilaram o que ele queria. No caso de agora, temos um agravante: o time não está se repetindo. Mais do que isso, o atual treinador resolveu fazer testes e dar chances a todo o grupo durante esta primeira fase do Campeonato Gaúcho.
Na minha opinião, uma decisão correta e que funciona bem como gestão de grupo, mas que pode ter consequências. Muito provavelmente, Miguel Ángel Ramírez não tinha noção do tamanho da rivalidade Gre-Nal e o estrago que uma derrota no clássico pode causar - até porque, em sua curta carreira como treinador, nunca viveu um grande clássico do futebol mundial.
Espinha dorsal
Depois da noite de sábado, tenho certeza de que ele entendeu que precisa diminuir a quantidade de mudanças de um jogo para o outro e definir, pelo menos, a chamada “espinha dorsal” do time. A partir daí, terá de estabelecer suas peças principais, mesmo que sejam mais de 11, como ele mesmo já disse que gosta de trabalhar. Serão quase duas semanas apenas de treinos. Mãos à obra.