Acho válido repetir: como regra geral, a vitória de quinta-feira (6), mesmo que por histórica goleada, não serve de parâmetro para uma avaliação detalhada da atuação do Grêmio. Penso que, pelo menos por enquanto, a maior qualidade do novo técnico tricolor tem sido, com suas ideias e seu trabalho, a de tirar o máximo proveito das atividades dos atletas na equipe. Com a ressalva da fragilidade do Aragua, Tiago Nunes transformou o atacante Luiz Fernando em um dos melhores jogadores em campo, por exemplo.

No entanto, fiquei com uma ponta de desconfiança ao perceber que, na saída de jogo, o Grêmio estava praticando um sistema dos ditos "modernos", colocando o volante Thiago Santos na mesma linha dos zagueiros. Não me parece a forma mais adequada em face das características dos atletas tricolores. Geromel aberto por um lado e Ruan pelo outro, em caso de perda da bola, estariam criando um largo espaço para contra-ataque, enquanto Thiago Santos estaria, em tese, fora de seu setor de marcação,  muito recuado.

Faço esta observação mesmo reconhecendo que o trabalho do técnico é muito promissor. Inclusive na movimentação do meio para a frente. Diego Souza segue fazendo um gol por jogo, e isso facilita a vida para alcançar vitórias.

Teremos um jogo difícil no domingo, pois o Caxias é uma equipe bem preparada, traiçoeira no contra-ataque. Mas, apesar dos desfalques, jogando o futebol que o Grêmio vem apresentando, equilibrado, consciente e consistente defensivamente, são boas nossas chances de irmos à finalíssima.