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Paixão colorada

Lelê Bortholacci: péssimo exemplo do Flamengo

Não é de hoje que a atual diretoria do clube insiste em querer levar vantagem sobre os outros, da forma como melhor lhe convém

09/09/2021 - 09h00min

Atualizada em: 09/09/2021 - 09h00min


Lelê Bortholacci
Lelê Bortholacci
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Bruno Alencastro / Agencia RBS
Sem adversários, vão jogar contra quem? Flamengo contra Flamengo B?

Os dirigentes do Flamengo serem os únicos contrários a uma organização conjunta dos 20 clubes da Série A, no processo de volta das torcidas aos estádios e, consequentemente, em manter o equilíbrio técnico do campeonato, surpreende pouca gente. Não é de hoje que a atual diretoria do clube mais popular do futebol brasileiro insiste em querer levar vantagem sobre os outros, da forma como melhor lhe convém.

O simples fato de um único clube divergir dos outros 19 já é estranho. Se valer de que a decisão final sobre o assunto não cabe a CBF, conforme liminar concedida pela justiça carioca, e, com isso, ignorar todos os demais participantes do campeonato, levando clara e absoluta vantagem e sendo o único disputante a ter torcida presente é, no mínimo, antiético.

Para ficar ainda pior e comprovar como a postura dos dirigentes flamenguistas é arrogante e individualista, o Atlético-MG também tem liminar, mas anunciou aos demais clubes que não pretende usá-la, porque prefere o que for mais benéfico para todos os envolvidos no campeonato. Simples e justo. Como deve ser.

Vão jogar contra quem?

O que esses dirigentes parecem não entender é que o Flamengo precisa obrigatoriamente dos outros clubes para que suas atividades aconteçam. Se isolando e pensando apenas no que lhes interessa, criam um problema para eles mesmos. Sem adversários, vão jogar contra quem? Flamengo contra Flamengo B? Desçam do salto, senhores.

Todos precisam das suas torcidas de volta aos estádios. E o campeonato não pode sofrer este desequilíbrio. Ganhem só na bola que é mais bonito.


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