Olimpíada 2012



Análise

Comentaristas avaliam a derrota da Seleção Brasileira para o México

Ruy Carlos Ostermann e Diogo Olivier falam sobre o 2 a 1 sofrido neste sábado, em Londres

11/08/2012 - 15h57min

Atualizada em: 11/08/2012 - 15h57min


Mexicanos comemoram vitória que garantiu a medalha de ouro nos Jogos de Londres

A tão sonhada medalha de ouro, que poderia ter sido conquistada neste final de semana pela Seleção Brasleira, não veio. O time de Oscar, Neymar, Damião, Sandro e Thiago Silva perdeu para o México por 2 a 1, neste sábado, em Londres, e ficou com a medalha de prata na Olimpíada 2012.

Quais os motivos para a derrota? O que assolou a equipe que, até a final, tinha uma campanha impecável?

Confira a análise dos colunistas de Zero Hora:

"Medalha de lata

Algumas considerações sobre mais um fracasso olímpico do futebol brasileiro.

1 - Medalha de prata e nada, no contexto da Seleção Brasileira de Mano Menezes, é o mesmo que nada.

2 - É pecado mortal encarar uma competição de seleções quando três dos cinco jogadores de defesa são claramente medíocres (goleiro Gabriel, lateral-direito Rafael e o zagueiro Juan comprometeram ontem como desde o início do torneio).

3 - Não temos um protagonista. Neymar ainda não vestiu o figurino de extraclasse que sempre esteve presente em todas as seleções campeãs. Talvez seja mesmo o caso de uma experiência na Europa".

Diogo Olivier, colunista de Zero Hora e comentarista da RBS TV


"Fica para a próxima

Nunca se pode sair perdendo um jogo antes de, a rigor, ele começar. É um erro mortal, porque pode contaminar tudo mais com essa perda. E se ela ainda for, como foi o caso, um erro de soberba do lateral Rafael, tentando jogar na defesa o que só se pode jogar no ataque, tudo ainda fica pior.

A Seleção do Mano Menezes levou boa parte do primeiro tempo perdendo de 1 a 0 e abalada com este fato. É uma seleção nova, deve se entender, mas um infortúnio como este, se não acontece com frequência, acontece com alguma intensidade. E precisa ser superada para aquilo que a Seleção custou a reencontrar, que é o ímpeto, a iniciativa, a marcação e a insistência.

Isso só veio com a troca de Alex Sandro, que era uma ideia de contenção que se tornou rigorosamente desnecessária, pelo bravo Hulk, sempre capaz de inventar uma jogada para sua perna esquerda. Tendo uma coragem pessoal, fez bem à Seleção. Até certo ponto, foi injusto o Brasil perder.

Mas se a gente leva em conta os fatos de um jogo, e não entende que eles podem ser fortuitos ou obra do acaso, a Seleção acabou sendo inferior ao México, levou o segundo gol, teve uma bola na trave. E esta é a justificativa. O ouro fica para a próxima vez. E agora o bom senso indica que não devemos nos precipitar. Perdeu-se um jogo, quem sabe se salva o trabalho".

Ruy Carlos Ostermann, colunista de Zero Hora


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