Olimpíada 2016



De Toronto ao Rio

Confira as chances de medalha olímpica dos destaques do Pan

ZH faz levantamento que mostra como os medalhistas de ouro estão no cenário internacional

27/07/2015 - 06h02min

Atualizada em: 27/07/2015 - 06h02min


André Baibich
André Baibich
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Arte ZH / null

A cada edição dos Jogos Pan-Americanos, fica a dúvida: até que ponto o bom desempenho do Brasil vai se refletir na Olimpíada? ZH tenta responder à questão com o levantamento a seguir, em que cada título em Toronto é contextualizado para definir quais as reais chances de medalha olímpica dos recém sagrados campeões.

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Sem ouro e com chance

Judô
Medalha de prata, categoria até 81kg
Mayra Aguiar

CHANCE DE MEDALHA OLÍMPICA - MUITO ALTA

Em Toronto, a gaúcha amargou uma derrota na final para sua principal rival, a americana Kayla Harrison. Campeã olímpica, a adversária de Mayra é a atual líder do ranking mundial.

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Após o Pan, Mayra está na oitava colocação do ranking, o que não significa que não possa trazer mais uma medalha (foi bronze em Londres/2012). Basta lembrar que a atleta da Sogipa é a atual campeã mundial - com vitória sobre a americana na semifinal. A gaúcha também bateu Harrison no caminho para o título do Campeonato Pan-Americano de Judô, neste ano.

Vela
Medalha de prata, classe 49er FX
Martine Grael e Kahena Kunze

CHANCE DE MEDALHA - MUITO ALTA

A dupla campeã mundial em 2014 e atual líder do ranking sofreu com a escassez de vento no Lago Ontario, local das competições em Toronto. Ficou com a prata ao perder a disputa pelo ouro com as argentinas Victoria Travascio e Maria Sol Branz. O resultado não apaga o bom momento das velejadoras, que devem chegar à Olimpíada como fortes candidatas a subir ao pódio.

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Judô
Medalha de bronze, categoria até 57kg
Rafaela Silva

CHANCE DE MEDALHA - MUITO ALTA

Campeã mundial em 2013, Rafaela não teve o melhor dos desempenhos em Toronto. Na semifinal, foi imobilizada pela canadense Catherine Beauchemin-Pinard e ficou de fora do esperado encontro com a americana Marti Malloy _ que sagrou-se campeã.
Quarta colocada no ranking mundial, a carioca de 23 anos permanece como uma das melhores do mundo em sua categoria.

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Natação
Medalha de prata, 50m livre
Bruno Fratus

CHANCE DE MEDALHA - ALTA

O carioca diz estar guardando seu melhor para o Campeonato Mundial de Kazan, na Rússia. De fato, a prata que conquistou em Toronto ficou abaixo do que se esperava dele. Fratus é o terceiro colocado no ranking dos 50m livre. Seu melhor tempo em 2015, no Troféu Maria Lenk, é mais rápido do que a melhor marca de César Cielo. Há, inclusive, chance de os dois brasileiros aparecerem no pódio olímpico.

Atletismo
Medalha de prata, salto com vara
Fabiana Murer

CHANCE DE MEDALHA - ALTA

A cubana Yarisley Silva estava em um dia inspirado em Toronto, tanto que os 4,85m que saltou a colocam no topo do ranking mundial. Fabiana foi bem, ultrapassou a marca de 4,80m e segue firme como uma das melhores da modalidade. Para se ter uma ideia do alto nível do Pan, a campeã olímpica Jennifer Stuczynski saltou 4,75m em Londres.

Vôlei
Medalha de prata, equipe feminina

CHANCE DE MEDALHA - FAVORITO

O time misto ficou com a prata e repetiu a sina recente do principal: perder para os Estados Unidos. A hegemonia americana dos últimos anos não tirou o Brasil da posição de potência da modalidade. O tricampeonato será difícil, mas subir no pódio é quase uma certeza.

Vôlei
Medalha de prata, equipe masculina

CHANCE DE MEDALHA - MUITO ALTA

Os reservas perderam a final do Pan e os titulares não chegaram às semifinais da Liga Mundial disputada em casa. O time de Bernardinho deixou de ser a potência hegemônica da década passada, mas ainda é competitivo o suficiente para lutar por medalhas - mesmo com a recente decepção.

Vela
Medalha de prata, classe laser
Robert Scheidt

CHANCE DE MEDALHA - MÉDIA

Ainda que o retorno à classe laser (após dois ciclos olímpicos na star) seja sacrificante para o corpo do veterano de 42 anos, não seria prudente descartar suas chances. Scheidt hoje ocupa um tímido 28º lugar no ranking mundial, mas disputou apenas quatro provas válidas pelo circuito. Seu pior desempenho nessas etapas foi um sexto lugar.

As estrelas que não foram a Toronto

Há quem prefira se preparar para outras competições e deixar o Pan de lado, outros não competiram por conta de lesões, e há ainda os que não puderam estar em Toronto porque suas modalidades não estão no programa do evento continental. Os atletas abaixo não participaram da campanha brasileira no Canadá, mas têm ótimas possibilidades de estar no pódio no Rio.

- César Cielo, natação, 50m livre
- Allan do Carmo, natação, maratona aquática
- Ana Marcela Cunha, natação, maratona aquática
- Poliana Okimoto, natação, maratona aquática
- Jorge Zarif, vela, classe finn
- Ana Barbachan e Fernanda Oliveira, vela, classe 470
- Sarah Menezes, judô, categoria até 48kg
- Rafael Silva, judô, categoria acima de 100kg
- Mauro Vinícius da Silva, atletismo, salto em distância
- Duplas principais do vôlei de praia masculino e feminino


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