Olimpíada 2016



Entrevista

Ministro do Esporte destaca necessidade de massificar a prática esportiva no Brasil

George Hilton cita o incentivo a prática de atividades físicas como um "legado imaterial" dos Jogos Olímpicos no país

29/10/2015 - 14h24min

Atualizada em: 29/10/2015 - 14h24min


André Baibich
André Baibich
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Diego Vara / Agencia RBS

Após o evento em que foi divulgado o trajeto da tocha olímpica no Rio Grande do Sul, o ministro do Esporte, George Hilton, conversou com repórteres sobre a preparação brasileira para os Jogos. Hilton destacou a necessidade de massificar a prática esportiva e ampliar recursos para a formação de novos atletas. Confira os principais trechos da conversa.

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Como o senhor avalia a preparação do Brasil para receber a Olimpíada?
Muito boa. Há uma sinergia entre os governos. Estamos entregando equipamentos em todo o país, centros de formação olímpica, centros de iniciação esportiva, pistas de atletismo dentro de universidades federais. Ou seja, o país se prepara para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, mas também para deixar um grande legado imaterial.

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O senhor acredita que o revezamento da tocha pode fomentar a cultura do esporte nestes municípios?
Sem dúvida. A tocha tem essa capacidade porque reúne atletas, personalidades do município, pessoas ligadas ao esporte. É um grande indutor. Gera uma vontade imensa nas crianças de praticar esporte. Se conseguirmos fazer isso no país, já teremos dado um grande passo para a massificação da prática esportiva.

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Qual o volume de investimento na Olimpíada?
Nós já investimos R$ 4 bilhões na preparação dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Tanto na estrutura, quanto também na preparação dos atletas. Temos o Plano Brasil Medalhas para preparar os atletas. Eles estão recebendo tudo de mais moderno de infraestrutura para se preparar e chegar entre os 10 melhores dos Jogos Olímpicos, e entre os cinco melhores dos Paraolímpicos.

É comum a crítica de que o Brasil investe no alto rendimento, mas deixa a formação de lado. Como o senhor vê esse tipo de crítica?
Nós temos um plano muito ousado de descentralizar, não só os recursos com as confederações, mas também o repasse para entidades nos estados e municípios. A partir de uma legislação federal, o repasse será obrigatório, tanto de recursos públicos quanto do setor privado, que participa através da Lei de Incentivo ao Esporte. Entendo que este seja um grande avanço para que a gente chegue, na base, com a mesma força que temos no alto rendimento.

Há algo que lhe preocupa mais na preparação das instalações para os Jogos?
Não. Tudo que poderia ter sido feito, em termos de planejamento, foi feito. As obras estão bem, tanto na Barra quanto em Deodoro. O que nós esperamos é que nossos atletas tenham um ótimo desempenho.

* ZH Esportes


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