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"Não entendo mais nada", disse piloto antes da queda do voo 447

Primeiras transcrições das falas mostram desespero ao saber que haviam perdido o controle

28/05/2011 - 05h17min

Atualizada em: 28/05/2011 - 05h17min


Calcule: o tempo de leitura deste texto equivale aos minutos que os pilotos do voo AF 447, que mergulhou no Atlântico menos de quatro horas depois de decolar do Rio de Janeiro rumo a Paris há quase dois anos, tiveram para tentar retomar o controle do avião. A partir das primeiras transcrições das falas dos pilotos e dos dados retirados das caixas-pretas, divulgados ontem na França, é possível recriar o curto e fatal momento de tensão enfrentado pela tripulação na cabine de comando. 

- Não entendo mais nada - gritou um dos pilotos, certamente referindo-se a velocidades que num instante apareciam no painel e em outro miravam o rumo do zero.

Segundos depois de entrar em uma zona de alta instabilidade, mas que o Airbus A330 da Air France teria condições de enfrentar, os computadores de bordo foram inundados por informações desencontradas. É como se houvesse uma pane total no sistema de navegação do avião, deixando os pilotos sem saber que rumo tomar. Aliás, o relatório do Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil (BEA) considerou a tripulação apta para o voo.

Altamente automatizado, o Airbus tende a deixar pouco espaço para os pilotos agirem em situações de informações desencontradas, como já mostraram outros acidentes.

Voando à velocidade de cruzeiro, repentinamente os mostradores acusaram redução da velocidade.

- Perdemos (os registros) de velocidades - disse o piloto 1.

Possivelmente, indicam as primeiras informações, os tubos de pitot (que medem a velocidade do avião) podem ter congelado e passaram a funcionar de maneira irregular.

>> Leia a matéria na íntegra na
edição de Zero Hora deste sábado

Em site especial, entenda a investigação



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