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Em depoimento, mãe diz que filha estava apaixonada pelo padrasto

Hoje com 49 anos, mãe da jovem que ficou sob cárcere por 17 anos esteve na Delegacia da Mulher na manhã desta quinta

21/06/2012 - 13h48min

Atualizada em: 21/06/2012 - 13h48min


A jovem de 28 anos prestou queixa contra Carlos Alberto, que teria abusado da filha

A mãe da gaúcha de Alvorada que foi mantida refém pelo padrasto por 17 anos no Rio de Janeiro depôs na manhã desta quinta-feira na Delegacia da Mulher, em Porto Alegre. A mulher, de 49 anos, admitiu que a menina estava apaixonada pelo padrasto, ao ser raptada, em 1995.

Ela ainda disse que o ex-marido, o pedreiro Carlos Alberto Gonçalves, era "um bom marido e um bom homem", antes de fugir com a enteada para o Estado do Rio.

Conforme a delegada Nadine Anflor, a mãe da menina falou na delegacia sobre bilhetes escritos pela garota, nos quais relata que estava apaixonada pelo padrasto e, "se pudesse, fugiria com ele".

- Fica evidente que a menina foi seduzida. Mesmo que a relação sexual tenha ocorrido de forma consentida, é estupro, porque ela tinha 11 anos de idade - pondera a delegada.

Carlos está preso, por estupro. A mulher soube do paradeiro da filha por volta das 15h30min de quarta.

- Fiquei muito feliz. Espero vê-la em breve - diz a mulher, que à época distribuiu cartazes com foto pela vizinhança.

Em quase duas décadas, ela afirma que jamais perdeu as esperanças:

- Uma cartomante me disse que ela estava viva, sofrendo e que tinha três filhos. Agora, que ela e os meus netos voltem para Porto Alegre.

Radicada em Itaboraí, a jovem ainda não sabe como agirá diante da mãe. Em entrevista a Zero Hora, ela adiantou:

- Eu disse para ela que ele (o padrasto) me assediava. Quero que ela veja o que a decisão dela causou na minha vida.


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