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Imbróglio na reforma

Justiça deve decidir nesta semana se Beira-Rio será interditado para jogos

Na quarta-feira, juiz responsável pelo caso visitará estádio para definir sua posição

18/06/2012 - 17h11min

Atualizada em: 18/06/2012 - 17h11min


Paulo Germano
Paulo Germano
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Segundo Ministério Público, obras representam risco aos torcedores

A decisão da Justiça sobre a possível interdição imediata do Beira-Rio deve sair ainda esta semana. Responsável pelo caso, o juiz João Ricardo dos Santos Costa visitará o estádio na quarta-feira para definir sua posição.

Embora o Inter pretenda jogar no Beira-Rio até julho de 2013, o Ministério Público garante que as obras da reforma já representam risco aos torcedores. Caberá a Costa, magistrado da 16ª Vara Cível de Porto Alegre, bater o martelo.

- Após a inspeção no estádio, se não surgir nenhuma nova diligência importante, vou emitir a decisão. Minha intenção é esta: decidir até o final da semana - afirma o juiz.

Costa está requisitando a presença de um grupo que o acompanhará na visita ao Beira-Rio. Além de representantes do Inter e do Ministério Público, membros da Brigada Militar, do Corpo de Bombeiros e da prefeitura devem participar da agenda "para nos fornecer o máximo de informações possíveis", segundo o juiz.

Para o promotor Fábio Sbardelotto, que pede a interdição imediata do estádio, a decisão da Justiça precisa ser rápida porque "a tendência é só piorar":

- Quanto mais a obra avança, mais estruturas vão ficando à deriva. A adequação contra incêndios, por exemplo, é feita só no final.

A ação do Ministério Público, impetrada em 24 de maio, inclui o pedido de liminar para que o Beira-Rio pare de receber partidas. Conforme o texto, mesmo que o Inter tente isolar as áreas demolidas e reformadas, em caso de tumulto a torcida "se torna incontrolável" - e materiais de construção poderiam ser usados como armas.

Até o fechamento desta reportagem, o Inter não havia retornado à solicitação de Zero Hora sobre os argumentos de sua defesa, apresentados à Justiça na semana passada.

O que o MP denuncia

- Faltaria o alvará de prevenção e proteção contra incêndio. Iluminação e sinalização emergenciais de saída estariam deficientes, além de faltarem hidrantes.

- Habite-se do estádio perderia a validade devido ao porte da intervenção, com muitas demolições.

- Materiais da obra poderiam ser usados em brigas de torcida ou até contra o time em caso de tumultos.


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