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Grêmio suspende reunião de avaliação do contrato de parceria com a OAS

Clube havia convocado conselheiros para apresentar dados referentes ao negócio, mas auditoria contratada ainda não finalizou os trabalhos

11/04/2013 - 02h41min

Atualizada em: 11/04/2013 - 02h41min


Grêmio e OAS ainda não realizaram a troca de chaves da Arena e do Olímpico

Através de uma nota publicada no site oficial do clube, o Grêmio informou que suspendeu a reunião do Conselho Deliberativo da próxima segunda-feira. No dia 15 de abril, os estudos relativos ao negócio Arena seriam apresentados para os conselheiros. Uma auditoria contratada está estudando os termos do contrato entre Grêmio e OAS. E através desse estudo é que o clube irá definir como irá atuar em relação à parceira. A troca de chaves estava marcada para o dia 30 de março, o que ainda não ocorreu - assim como também não foi anunciada uma nova data para a mudança.

A possibilidade de rompimento com a construtora OAS não é descartada pelo Grêmio, mesmo que a postura pública dos interlocutores da direção não indique os rumos da negociação. Sob a alegação de que passará a enfrentar dificuldades financeiras ainda mais graves a partir da metade do ano, se forem mantidas as atuais regras do contrato, o clube poderá se negar a transferir o Olímpico para a parceira. Mesmo que isso provoque uma batalha judicial.

O trabalho da auditoria contratada pelo Grêmio para avaliar o contrato dá atenção especial a duas cláusulas. A primeira, a que trata do reembolso pelo espaço ocupado na Arena pelos associados em dias de jogos. Hoje, este valor é hoje de R$ 41 milhões. A segunda é relativa à divisão dos lucros. O Grêmio não concorda que seus 65% sejam decorrentes do lucro líquido ajustado, por entender que o valor final, descontadas as parcelas do financiamento da obra e a depreciação da obra, resultaria mínimo. Considera mais justo receber sua parte sobre o lucro bruto, mesmo reduzindo o seu percentual.

De posse da conclusão, o Grêmio irá reivindicar a revisão das cláusulas que considera mais lesivas a sua vida financeira. Nos corredores do estádio, afirma-se que a data representará "uma encruzilhada" para a sequência ou não da parceria. Neste mesmo dia, o Conselho Deliberativo faz reunião para debater o contrato.

A tese, nos gabinetes do Olímpico, é de que a exploração comercial de áreas de 110 mil m2 na Azenha e outros 160 mil m2 no Humaitá já representa lucro suficiente para a construtora. Assim, o faturamento gerado pela gestão da Arena seria "a cereja do bolo". A partir desse raciocínio, a empreiteira poderia concordar em apenas repassar ao Grêmio o financiamento de R$ 275 milhões. De posse da gestão, o clube projeta um faturamento aos moldes do Barcelona no Camp Nou.

Confira a íntegra da nota publicada:

Informamos que a reunião extraordinária convocada para o dia 15/04/2013 foi suspensa, tendo em vista que os estudos dos assuntos correlatos ao Projeto Arena, que seriam objeto da aludida reunião, ainda não foram concluídos.

Dita reunião será realizada em outra data, através de regular convocação nos moldes estatutários.

Secretaria do Conselho Deliberativo


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