Armamento sem documento
Armas apreendidas com tenente-coronel preso seriam de viúva de colecionador
Em coletiva realizada na manhã desta terça-feira, o comando da corporação afirmou estar surpreso com a situação
Em coletiva realizada no final da manhã desta terça-feira, o Comando-Geral da Brigada Militar explicou a prisão do tenente-coronel Florivaldo Pereira Damasceno, realizada na noite de segunda-feira. Segundo o Corregedor-geral da corporação, coronel Flávio Roberto Vesule da Silva, foram encontradas nove armas sem documentação com o oficial.
Conforme Vesule, a informação chegou à corregedoria por meio de denúncia anônima na noite de segunda-feira, na qual se afirmava que Pereira teria grande quantidade de armas em sua posse. Vesule afirmou que "o sentimento do Comando é de constrangimento, é uma situação atípica".
Foto: Brigada Militar, Divulgação
- Não esperávamos por essa situação - afirmou o coronel Fábio Duarte Fernandes, comandante-geral da Brigada.
Acompanhado de outros policiais, o corregedor-geral foi ao gabinete de Pereira, no 20º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na capital, onde perguntou ao oficial a respeito das armas. O tenente-coronel abriu o armário e apresentou a Vesule nove armas, das quais seis longas, 12 carregadores de pistola e outras 4.260 munições, inclusive de calibre restrito.
Material apreendido:
- 1 Fuzil .30
- 2 Carabinas calibre 38
- 2 Carabinas calibre 22
- 1 Arma de pressão calibre 4.5
- 1 Pistola 9mm
- 1 Revólver 38
- 1 Revólver 32
- 1 Cano de 765
- 12 Carregadores de pistola
- 4.260 cartuchos
Foto: Brigada Militar, Divulgação
Como as armas não possuíam documentos para o transporte, foi dada voz de prisão ao oficial, que foi levado ao Comando de Policiamento da Capital (CPC).
No CPC, Pereira teria afirmado que as armas haviam sido buscadas, em Novo Hamburgo, na casa de uma viúva de um colecionador. Todas as armas estavam registrados, mas metade delas tinha o registro vencido. Foram encontrados termos de doação no nome do colecionador e em nomes de terceiros.
Procurada pela corregedoria, a viúva confirmou a versão apresentada por Pereira. Após o depoimento o oficial foi conduzido ao 4º Regimento de Polícia Montada da Brigada (4º RPmon), de onde foi levado para o Hospital da Brigada Militar após passar mal.