Geral



Remuneração injusta

Professores e estudantes protestam em Caracas por reajuste na educação

Nos últimos anos, estudantes e professores têm feito diferentes tipos de protestos para pressionar o governo

22/05/2013 - 20h44min

Atualizada em: 22/05/2013 - 20h44min


Estudantes e professores de universidades públicas marcharam por mais investimento e melhor remuneração no setor de educação

Centenas de estudantes e professores de universidades públicas venezuelanas participaram de uma passeata nesta quarta-feira até a sede do Ministério da Educação Universitária pelo reajuste nas bolsas e nos salários para enfrentar a alta inflação no país.

- Pedimos um aumento digno do orçamento. Não é digno que os estudantes tenham uma bolsa de 400 bolívares (63 dólares) e que um professor tenha um salário de apenas entre dois mil e sete mil bolívares (entre 317 e 1,1 mil dólares) - disse a estudante de Medicina da Universidade Central da Venezuela (UCV) Hilda González, ao canal privado Globovisión.

Nos últimos anos, estudantes e professores têm feito diferentes tipos de protestos - de greve de fome a manifestações - para pressionar o governo.

Em 2012, a inflação venezuelana atingiu 20,1%, a mais alta da América Latina. Para este ano, alguns especialistas acreditam que possam chegar a pelo menos 30%, depois de registrar 12,5% apenas no primeiro quadrimestre de 2013.

Oscar Navas, um estudante de Medicina da Universidade de Oriente, com campi em quatro estados do leste do país, denunciou a deterioração das instalações.

Exibindo cartazes com palavras de ordem, os universitários que caminharam da UCV até o centro de Caracas.

Nesta quarta, uma comissão de estudantes se reuniu com o ministro da Educação Universitária, Pedro Calzadilla, que disse ontem ter convocado equipes para analisar os contratos coletivos.

- Em poucos dias, estaremos anunciando ao país uma decisão sobre o aumento salarial, que é uma reivindicação justa - declarou Calzadilla.

Jovens de outras universidades do país também protestam há dois meses contra os cortes orçamentários que acabaram afetando outras áreas operacionais da Educação.

O novo salário mínimo da Venezuela, em vigor desde 1o de maio, sobe para 2.457,02 bolívares, equivalentes a 390 dólares no câmbio oficial.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias