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Tragédia em Santa Maria

Vocalista preso diz que banda tinha aval para usar fogos em shows na Kiss

Marcelo de Jesus dos Santos afirma que não foi o responsável pelo início do incêndio

19/05/2013 - 22h00min

Atualizada em: 19/05/2013 - 22h00min


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VÍDEO: a homenagem aos filhos de Santa Maria



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Entrevista foi ao ar na noite deste domingo no programa Fantástico

O vocalista da Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, disse em entrevista levada ao ar na noite deste domingo pelo programa Fantástico, da Rede Globo, que a banda tinha aval dos donos da boate Kiss, em Santa Maria, para utilizar artefatos pirotécnicos nos shows. Contrariando a versão de centenas de testemunhas, ele negou que tenha sido o responsável pelo início do incêndio que matou 242 pessoas em janeiro na boate.

Além de afirmar que não levantou o braço para segurar o artefato pirotécnico em direção ao teto da boate, Marcelo ressaltou que estava no lado contrário do palco onde começou o fogo. Ele também refutou a informação dada por um dos sócios da boate, de que a banda nunca havia se apresentado com efeitos pirotécnicos. Garantiu que desde 2010 a Gurizada Fandangueira fazia shows na Kiss e já havia usado o artefato, e que teria o aval para fazê-lo.

Preso pelo incêndio, o vocalista foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso (dolo eventual) qualificado de 241 pessoas por asfixia, tentativa de homicídio qualificado (dolo eventual) de 623 pessoas por asfixia e incêndio. A denúncia apresentada pelo Ministério Público foi por homicídio e tentativa de homicídio com dolo eventual (assumiu o risco de produzir o resultado, de matar), qualificado por fogo, asfixia e motivo torpe. O caso tramita na 1ª Vara Criminal de Santa Maria. Segundo o MP, há provas testemunhais suficientes para contestar a versão de Marcelo de que é inocente na causa do fogo.

O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h daquele domingo, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, usou efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo começou na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.

Sem conseguir sair do estabelecimento, dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas. A tragédia, que teve repercussão internacional, é considerada a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos últimos 50 anos no Brasil. Neste domingo, morreu mais um dos feridos, tornando-se a 242ª vítima do incêndio que consumiu a boate.

Como aconteceu

O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.

Sem conseguir sair do estabelecimento, pelo menos 240 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridos.

A tragédia, que teve repercussão internacional, é considerada a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos últimos 50 anos no Brasil.

Em gráfico, entenda os eventos que originaram o fogo:


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