Polícia



Ataque à viatura

Clima é de tensão na Secretaria de Segurança do RS

Caso será investigado pelo mesmo delegado que apura os casos de vandalismo durante os protestos da Capital

01/07/2013 - 15h23min

Atualizada em: 01/07/2013 - 15h23min


Veículos incendiados ficaram destruídos após ação criminosa

O clima nas dependências da sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado na manhã desta segunda-feira foi de silêncio absoluto. Em meio a um entra e sai de reuniões, nada de entrevistas, nada de informações. Sobre o ataque às duas viaturas nesta madrugada, a secretaria limitou-se apenas a divulgar uma nota sucinta, dizendo que bombas de fabricação caseira foram encontradas no local.

Minutos depois da divulgação, a chefia de polícia já havia mandado transferir as investigações, que incialmente haviam sido designadas à 17° Delegacia da Polícia Civil, para o Departamento de Polícia Metropolitana (DPM).

Marco Antônio de Souza, o mesmo delegado do DPM que cuida do inquérito que apura os suspeitos de vandalismo nos últimos protestos em Porto Alegre, será o responsável pelas averiguações, dando indícios de que o incêndio provocado nas viaturas possam ter relação com o vandalismo.

Por volta das 12h40min, o delegado saiu de uma dessas reuniões e disse:

- Estamos averiguando as imagens da câmera da rodoviária. Elas não são muito nítidas, pelo o que pude ver até agora, mas é possível observar que uma pessoa, a pé, passou pelo local próximo da hora do incêndio.

Oficiais da BM, entretanto, tinham ordens expressas de que ficaria à cargo da Secretaria de Segurança todas as informações sobre o caso. Poucos se arriscavam a emitir qualquer opinião sobre o fato:

- É uma afronta ao Estado. Se a polícia não dermos uma resposta vai chegar o dia que a gente não vai conseguir sair na rua - disse um policial militar que circulava pelo estacionamento.

O Astra, primeiro veículo a queimar, havia sido pintado um dia antes pelos oficiais de manutenção da corporação. O Prisma estaria em desuso, segundo o comandante do CPC, coronel João Godoi. Eles estavam estacionados a cerca de 60 metros de uma guarita de segurança de uma das entradas do estacionamento, aparentemente desativada.

Às 12h20min, o último carro havia sido removido do local, deixando apenas um forte cheiro de gasolina no estacionamento e resquícios de fuligem no chão. Segundo o delegado Marco Antônio, os automóveis já haviam sido periciados por volta das 8h.


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