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Perto de um acordo

Rodoviários definem futuro da greve em assembleia na manhã desta terça-feira

Votação está marcada para as 8h, no Ginásio Tesourinha, em Porto Alegre

03/02/2014 - 15h22min

Atualizada em: 03/02/2014 - 15h22min


Larissa Roso
Larissa Roso
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Representantes dos grevistas e do sindicato patronal se reúnem no TRT

Após mais de quatro horas de audiência de mediação entre o sindicato patronal, a comissão de negociação que representa os grevistas, a prefeitura e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), no Tribunal Regional do Trabalho, uma proposta foi aceita pelas partes e deve ser encaminhada para votação em assembleia da categoria, às 8h de terça-feira, no Ginário Tesourinha.

A sugestão que deve ser votada pelos grevistas foi sugerida, em nome do Ministério Público, pela procuradora regional do trabalho Beatriz Junqueira Fialho e consiste nas seguintes cláusulas: o valor do vale-alimentação passa para R$ 19, a contribuição no plano de saúde por funcionário será de R$ 10 e o aumento salarial de 7,5%.

Caso a proposta seja aprovada pela categoria, 70% da frota operante na escala de verão deve voltar de forma escalonada entre o meio-dia e as 16h desta terça-feira. Este percentual deve operar pelo menos até a meia-noite de quinta-feira - prazo para que advogados representantes se reúnam e tratem de outros tópicos que também estão em debate.

Do lado de fora do TRT, a Avenida Praia de Belas ficou bloqueada por grevistas em frente ao shopping Praia de Belas. As cerca de 60 pessoas vibravam e vaiavam conforme cada nova informação noticiada pelos veículos de comunicação.

- Não tem história. É greve até a vitória - bradavam alguns grevistas.

Grande parte da categoria reunida em frente ao TRT ressaltou que qualquer decisão tomada pela cúpula da greve somente será cumprida após ter sido referendada na assembleia.

Propostas e contrapropostas marcam negociação

A reunião no TRT começou pouco depois das 14h. O clima era de tentativa de acordo entre a comissão de negociação dos rodoviários que representam grevistas e o sindicato patronal. 

Inicialmente, empresários anunciaram uma nova proposta para tentar acabar com a greve dos rodoviários que já se estende por oito dias: aumento salarial de 6,5%, vale-alimentação de R$ 17 (como proposto na semana passada) e contribuição de R$ 30 por funcionário no plano de saúde.

Os grevistas fizeram uma contraproposta. Eles pediram aumento salarial de 10%, vale-alimentação de R$ 19 e nenhum gasto em contribuição com o plano de saúde.

A desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, que preside a reunião, sugeriu uma terceira via. Ela sugeriu 7% de aumento salarial, R$ 18 de vale-alimentação e contribuição de R$ 10 no plano de saúde por funcionário.

Grevistas mostraram estar de acordo em relação ao plano de saúde e o valor do vale-alimentação, mas pediram aumento salarial, então, de 9%. A desembargadora sugeriu acréscimo salarial de 7,5%.

Após uma troca intensa de propostas e contrapropostas, o MP sugeriu o conjunto de cláusulas que será avaliado no Ginásio Tesourinha, na manhã desta terça.



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Reivindicações

A greve foi definida em assembleia da categoria no dia 23 de janeiro . Os rodoviários querem 14% de aumento, reajuste do vale-alimentação de R$ 16 para R$ 20 e manutenção do plano de saúde, sem desconto no salário. Porém, as empresas oferecem 5,56% (reposição integral da inflação no ano, segundo o INPC) e querem coparticipação financeira dos empregados no plano de saúde.

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