Obituário
Aos 63 anos, morre o cantor nativista Heleno Gimenez
Internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas, o músico morreu na terça-feira
O cantor e compositor gaúcho Heleno Gimenez morreu no final da tarde desta terça-feira, aos 63 anos. Ele estava internado no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas. As causas da morte não foram divulgadas.
A carreira do cantor, compositor e violonista começou no início dos anos 1960, quando tocava em grupos que animavam festas e participavam de programas de TV, como o GR Show de Glênio Reis. Seguindo inicialmente o caminho do rock instrumental, acompanhou nomes como Leno e Lilian, Jerry Adriani, Ari Sanches, Adriana e Martinha.
Em 1969, Gimenez se casou com Maria de Fátima (Fátima Gimenez), sua grande companheira musical e com quem formou o grupo MF4 (Maria de Fátima e os 4) em meados da década de 1960.
Logo em seguida, com a morte do pai, ele largou a música e trabalhou no bar da família no Mercado Público, em Porto Alegre. Sete anos depois, montou com a mulher e mais dois amigos o grupo Tempero, que lançou o músico Zé Caradípia. Com Tempero, ele se apresentou pelo interior do Rio Grande do Sul, em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.
Entre as marcas de Gimenez estão a participação no disco Som Grande do Sul, de 1978, e a classificação como finalista na 8ª Califórnia da Canção Nativa com a música Bambaquererê, com letra de Barbosa Lessa (considerada a primeira música de gênero afro-gaúcho apresentada nos festivais). Já com o som Cabo Toco, uma parceria com Nilo Brum, venceu a 5ª Vigília de Cachoeira do Sul. Também foi guitarrista de Jader Moreci Teixeira, o Leonardo, compositor de Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, amigo de longa data.
O último trabalho e primeiro disco solo de Gimenez foi Maresia, gravado em 2012 e lançado pelo selo independente Fonomídia.
Ele deixa as filhas Kátia, Adriana e Ana Paula, do casamento com Fátima, que durou 28 anos, além de netos, amigos e milhares de fãs.