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Caso Bernardo

BM monitora casa dos Boldrini após moradores ameaçarem incendiar o local

Dois policiais passarão a madrugada monitorando a residência, localizada no bairro Santa Inês

19/04/2014 - 21h45min

Atualizada em: 19/04/2014 - 21h45min


Polícia ficou sabendo das ameaças por meio das redes sociais

Após as ameaças de moradores de Três Passos de atear fogo à casa da família Boldrini se intensificarem neste sábado, a Brigada Militar do município passará a monitorar o local, que ainda pode passar por novas perícias.

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Dois policiais militares já estão em frente à residência, localizada no bairro Santa Inês.

- Ficamos sabendo por meio das redes sociais que pretendiam colocar fogo na casa - relatou o policial Daniel Bianchini.

O menino Bernardo Uglione Boldrini, morto aos 11 anos, vivia na casa com o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta, a enfermeira Graciele Ugulini, e uma meia-irmã, de um ano. No portão de entrada da residência, há faixas pretas e diversos cartazes, alguns com conteúdo agressivo em relação ao casal, suspeito de assassinar a criança com a ajuda da amiga Edelvânia Wirganovicz.

Em um dos cartazes, moradores agradeceram a convivência com o menino: "Bê, obrigado por nos deixar coisas tão simples como amar o próximo". Já em outro, os autores compararam o caso Bernardo com o da menina Isabella Nardoni: "Atenção povo do bem, os Nardoni estão por aí".

No domingo, haverá uma passeata e uma missa em homenagem a Bernardo. A celebração será na igreja matriz do município, às 19h.

O caso que chocou o Rio Grande do Sul

Bernardo Uglione Boldrini
, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgiãoLeandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugolini, 32 anos, para comprar uma TV.

De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo.

Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São Francisco, interior do município.

Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini - que tem uma clínica particular em Três Passos e atua no hospital do município -, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos, que colaborou com a identificação do corpo. O casal aparentava uma vida dupla, segundo relatos de amigos e vizinhos.  


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