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Para fugir do retrospecto

Contra o Vitória, Inter estreia no Brasileirão e tenta não repetir campanhas dos últimos anos

Clubes teve desempenhos ruins nas edições de 2012 e 2013 do Campeonato Brasileiro

18/04/2014 - 23h52min

Atualizada em: 18/04/2014 - 23h52min


O ano passado deixou o Inter traumatizado. O Brasileirão de 2013 marcou para a última rodada um confronto contra a Ponte Preta, que poderia resultar em rebaixamento do clube. O Inter venceu, manteve-se entre os grandes, mas só poderá provar que aprendeu com os erros a partir deste sábado, no início do campeonato de 2014. O primeiro jogo, já na nova casa, será às 18h30min, com o Vitória. Veja o que o Inter precisará se lembrar para não repetir 2013, 2012...

Largada forte
Em 2013, imaginava-se que o Inter entraria no recesso para a Copa das Confederações com aproveitamento próximo de 100%. Afinal, Vitória, Criciúma, Bahia e Portuguesa estão longe de assombrar. Havia ainda, no fechamento das cinco primeiras rodadas, o Cruzeiro. O fato é que o Inter venceu apenas o Criciúma e perdeu para o Bahia no Centenário. Fez apenas seis pontos em 15. O manual dos pontos corridos ensina que largar bem é decisivo para quem aspira ser campeão. Neste ano, são nove rodadas antes da parada para a Copa. Serão três jogos no Beira-Rio e dois em Caxias do Sul. Dureza, mesmo, apenas o Cruzeiro, na Serra, e o Fluminense, fora, em local a ser definido.

Janela fechada
Rodrigo Moledo e Fred foram para a Ucrânia no meio do ano. Sabem como está a situação no país hoje? Pois é, o Inter ficou mais ou menos assim com a saída da dupla em 2013. Moledo, zagueiro rápido e de imposição, deixou saudade. O adeus de Fred foi ainda mais devastador. Dunga tinha um meia 2.0, que marcava atrás e criava na frente com a mesma desenvoltura. Recebeu como reposição Jorge Henrique. Vieram ainda Scocco, Alex e Alan Patrick, mas a adaptação de quem chega do Exterior sempre custa, pelo menos, seis meses. Damião, que se previa sair na janela, seguiu - e desmotivado. É preciso fechar a janela para passar firme pelo inverno. Neste ano, embora o bom momento do time, o Inter precisará centrar forças para manter apenas um jogador: Aránguiz.

Mandar em casa
É verdade que jogar de aluguel atrapalhou. O Inter começou em Caxias, mudou para o Vale do Sinos e voltou à Serra. Mas nem isso justifica o péssimo aproveitamento. Foi o 17º colocado na tabela dos mandantes - estaria rebaixado se fossem levados em conta só esses pontos. Foram sete vitórias, sete empates e cinco derrotas. A cartilha dos pontos corridos ensina na primeira página: para ser campeão, é preciso beirar os 100% em casa e buscar pontos fora. O novo Beira-Rio e o entusiasmo da torcida com a volta para casa facilitam a tarefa.

Vestiário forte
Em 2013, o Inter contava com um diretor-executivo e dois diretores políticos. Não havia a figura do vice de futebol. Como Dunga blindou o vestiário e fechou-se com os jogadores, à distância, a impressão é de que a direção ficava do lado de fora da porta. Quando Dunga perdeu a mão, o grupo descarrilou. Casos de indisciplina se repetiram. O ápice foi a discussão quente entre Fabrício e Rafael Moura no vestiário do Serra Dourada. Houve ainda as críticas de Willians a Clemer ao final do empate com o Coritiba. Clemer enquadrou o volante no vestiário, diante do grupo. O que repercutiu mal e resultou em dois empates insossos (Corinthians e Ponte), suficientes para escapar do rebaixamento. Abel Braga desfruta do respeito dos jogadores, e Marcelo Medeiros faz valer o cargo de vice de futebol. Tanto que a atuação eficiente do diretor-executivo, Jorge Macedo, se restringe ao bastidor.

Defesa firme
Na maratona do Brasileirão, 1 a 0 é goleada. Mas para isso é preciso ter um sistema defensivo forte. Abel Braga montou um time com apenas um volante marcador - Willians -, mas com ideia cooperativa. Nas laterais, o time foi rejuvenescido 19 anos (Gilberto, 21, no lugar de Gabriel, 33, e Fabrício, 27, no de Kleber, 34). A zaga ganhou o vigor de Paulão, além de Ernando, que pede passagem. Em 2013, depois da saída de Moledo, a direção concluiu que Ronaldo Alves, Índio, Jackson e Alan seriam suficientes para completar a zaga com Juan. Como se viu, não foram. Foram 52 gols sofridos, média de 1,3 por partida. Como o time fez apenas 51 gols, fica claro porque acabou na 13ª posição e ameaçado pelo rebaixamento.

BRASILEIRÃO - 1ª RODADA - 19/4/2014

INTER: Dida; Cláudio Winck, Juan, Paulão, Fabrício; Willians, Aránguiz, Alex, D'Alessandro, Alan Patrick; Rafael Moura. Técnico: Abel Braga

VITÓRIA-BA: Wilson; Ayrton, Luiz Gustavo, Dão, Mansur; Neto Coruja, Cáceres, José, Welison, Juan; Marquinhos, Dinei. Técnico: Ney Franco

16h

Arbitragem: Raphael Claus, auxiliado por Emerson de Carvalho e Marcelo Van Gasse (trio paulista).

Local: Estádio Beira-Rio, Porto Alegre.

Ingressos: Sócios _ superior marcada R$ 70, superior cadeira R$ 40, inferior marcada R$ 80, inferior cadeira R$ 50. Torcida em geral _ superior marcada R$ 140, superior cadeira R$ 80, inferior marcada R$ 160, inferior cadeira R$ 100, reservado R$ 200, vip libertadores central R$ 165, vip libertadores lateral R$ 145, visitantes R$ 80.

O jogo no ar: a Rádio Gaúcha abre a jornada esportiva às 17h45min. O Premiere transmite (consulte sua operadora para saber o canal). Acompanhe o minuto a minuto em www.zerohora.com/jogoaovivo.


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