Troca de chip
Para Riveros, crise está mais fora do que dentro do grupo do Grêmio: "Perder é do futebol"
Volante cobrou atitude no jogo contra o San Lorenzo: "Sair para ganhar o jogo, mesmo fora de casa"
A palavra crise incomoda os jogadores do Grêmio. Qualquer referência à queda do desempenho técnico tem merecido uma resposta que beira o ríspido. Aos olhos do grupo, parece certo que voltar à Libertadores, agora na fase de oitavas de final, representa também a garantia do retorno do bom futebol.
Trocar o chip é uma expressão usada com frequência por eles. Parece claro que a competição continental mexe muito mais com o brio do grupo do que o Gauchão e mesmo o recém iniciado Brasileirão.
- Perdemos, são coisas que acontecem no futebol. A crise é mais de fora para dentro. Aqui dentro, estamos bem. Estamos muito tranquilos, independentemente dos resultados. É claro que ninguém gosta de perder, mas nem tudo está errado - disse o volante Riveros.
Apesar da confiança, há respeito ao adversário desta noite, que atuará em seu estádio, estimulado por pelo menos 40 mil torcedores. Nesse sentido, Riveros destaca a qualidade do San Lorenzo do meio-campo para a frente.
- Temos que ter o cuidado de sempre. Por característica, os jogadores argentinos têm muita dinâmica. São jogadores muito rápidos do meio para a frente. É preciso entrar concentrado os 90 minutos - recomenda o paraguaio.
Ele reconhece que ao menos uma característica o time perdeu nas últimas partidas. Trata-se da maior determinação, que levava o Grêmio a se impor mesmo contra adversários mais qualificados. O maior exemplo foi o empate em Rosario, também na Argentina, contra o Newell's Old Boys.
- Tem que ter atitude, uma característica que tínhamos antes, de sair para ganhar o jogo, mesmo fora de casa - afirma o jogador.
No início da tarde desta quarta-feira, Riveros e Barcos foram pressionados na recepção do hotel por torcedores que exigiam a vitória. Desde o incidente, os três seguranças do clube não abandonaram mais o saguão do hotel.