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Caso Bernardo

Peritos refazem trajeto percorrido pela madrasta com Bernardo e colhem material para análises do caso

Corpo do menino foi enterrado em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros de Três Passos

24/04/2014 - 20h35min

Atualizada em: 24/04/2014 - 20h35min


Carlos Macedo / Agencia RBS
Peritos do Instituto-geral de Perícias (IGP) saíram a campo nesta quinta-feira

Peritos do Instituto-geral de Perícias (IGP) saíram a campo nesta quinta-feira para refazer o trajeto que teria sido percorrido por Graciele Ugulini com o enteado Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, na sexta-feira, 4 de abril.

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A data é apontada pelas investigações como o dia em que o estudante foi morto pela madrasta, com a ajuda de uma amiga.

A rota que começou em Três Passos, passou por uma rodovia estadual (ERS-472) e outra federal (BR-386) e chegou a um local de mata fechada à beira de um arroio na localidade de Linha São Francisco, onde a reside a família da amiga de Graciele, a assistente social Edelvânia Wirganovicz.

A perícia foi feita por dois peritos que se deslocaram de Porto Alegre e um de Santa Maria para o noroeste gaúcho. Na frente de cada ponto, eles desciam da caminhonete, anotavam dados de latitude e longitude e seguiam para o ponto futuro. Além das medições de horário, estariam anotando o tempo para percorrer determinado trajeto para confirmar informações apuradas na investigação policial.

Pararam no posto de combustíveis onde a câmera teria flagrado Graciele e Edelvânia com Bernardo e, horas depois, sem o menino, e seguiram para o local da cova onde o corpo foi encontrado.

Foi no ponto de mata fechada, onde só se chega depois de percorrer um trecho de três quilômetros de estrada de chão e caminhar 45 passos em um trilha, que os peritos se debruçaram em colher o maior número de informações, por mais de duas horas. Localizada ao lado de um arroio que sobe com as chuvas - bloqueando a estrada de chão e inundando a área onde o corpo de Bernardo foi enterrado - a cova, de 66 centímetros de profundidade, ainda parecia intacta e com sinais do crime.

Fungos brancos, que seriam decorrentes de uma substância exalada pelo corpo em decomposição, foram encontrados ao redor do buraco. Guardadas em potes, as amostras poderão ser confrontadas com a análise do corpo do menino.

Conforme o perito Evandro Gomes, ainda não há data para um reconstituição do caso, que para ser feita, precisa ter a colaboração dos suspeitos que estão presos. Ele estima que a perícia leve 60 dias para ficar pronta. A análise será feita com auxílio da PUCRS.

*Após analisarem a cova, os peritos retornaram a Três Passos seguindo as informações de trajeto repassadas por Edelvânia à polícia.


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