Atentos ao perigo
Técnico do San Lorenzo prevê que Grêmio irá jogar para se defender
Edgardo Bauza acredita que o time tricolor atua melhor como visitante do que como mandante
Para os brasileiros, a brincadeira veio à tona nos últimos dias, quando o San Lorenzo credenciou-se a enfrentar o Grêmio nas oitavas de final da Libertadores. E ela está ligada ao símbolo do clube argentino, onde estão impressas as letras CASLA.
O que, na realidade significa Club Atletico San Lorenzo de Almagro, é reinventado por torcedores rivais do adversário desta noite como Clube Argentino Sem Libertadores da América. De fato, comparado com Boca Juniors, Independiente, Vélez, Racing, Argentinos Juniors e Estudiantes, o San Lorenzo é o único que ainda não levou a taça para seu armário. Para o diário Clarín, trata-se de "uma obsessão".
O Grêmio é visto pelo treinador Edgardo Bauza e pelos jogadores como um forte adversário. A exemplo do lateral Buffarini, o zagueiro colombiano Valdés aponta a equipe gaúcha como candidata ao título. A meta é obter uma vitória, se possível por larga diferença de gols, que permita alguma folga na partida de volta, dia 30, na Arena.
- O Grêmio é um dos candidatos a ganhar o título. É mais forte do que o Botafogo, está melhor armado, tem jogadores mais experientes nesta competição - afirma Valdés.
As dificuldades internas do Grêmio não passam despercebidas para os jornais argentinos. Até mesmo a faixa estendida no Parcão por uma torcida organizada, prometendo violência se as vitórias não chegarem, é citada.
Mesmo assim, o clube é respeitado por sua tradição na Libertadores. Segundo Bauza, o adversário tentará, primeiro, não perder.
- Das equipes que vêm aqui, 90% se defendem. O Grêmio faz isso com muitos jogadores. Vai ser duro - opina o treinador, para quem o time gaúcho atua melhor como visitante do que como mandante.