Com passagem pelos argentinos Huracán e Racing, Barcos conhece bem o terreno onde o Grêmio irá enfrentar o San Lorenzo, na noite desta quarta-feira. Também é amigo de Edgardo Bauza, o técnico que estará na casamata contrária do Nuevo Gasómetro. Em 2011, os dois atuaram juntos na LDU, do Equador.

Terça-feira, nas entrevistas depois do treino de reconhecimento, mais de uma vez o argentino respondeu sobre a postura que o Grêmio deverá adotar para chegar em boas condições ao jogo de volta, dia 30, na Arena. Para Barcos, é preciso não se deixar intimidar pelo público estimado de 40 mil torcedores.

- Temos que ter personalidade para jogar, tentar sair na frente, não nos esconder. Um time grande como o Grêmio não pode entrar em campo apenas para ver o que acontece - avisou.

As indagações sobre o momento da equipe o incomodaram. Barcos confia que a troca de competição terá o poder de injetar um novo ânimo na equipe. Aposta que os reflexos das derrotas para Inter, no Gauchão, e Atlético-PR, pelo Brasileirão, não se farão sentir contra o San Lorenzo.

- Esperamos que não. Já passou, deixamos para trás. Não podemos cometer os erros que já cometemos - disse.

Nenhum jogador do Grêmio é mais requisitado do que Barcos pela imprensa local. Na segunda-feira, menos de uma hora depois de a delegação desembarcar em Buenos Aires, ele já estava sentado na recepção do hotel, atendendo a emissora de TV argentina. Falou por quase uma hora, aceitando até colocar fones nos ouvidos para escutar as perguntas feitas do estúdio. Na terça-feira, o centroavante foi o único a ser visto no saguão, onde tomou café com um amigo. Bem relacionado, funciona como uma espécie de relações públicas da equipe. Em campo, à noite, terá que ser o líder para o início da recuperação de uma equipe hoje vista com desconfiança.