Copa 2014



Sem dor

Aparelho portátil é aliado na recuperação do joelho de Neymar

Atacante dormiu com o Tanyx Ten, que emite impulsos magnéticos sob controle do jogador para aliviar a dor

02/07/2014 - 18h42min

Atualizada em: 02/07/2014 - 18h42min


Diogo Olivier
Diogo Olivier
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Jefferson Botega / Agencia RBS
Tratamento busca minimizar dores da estrela brasileira

A Seleção, enfim, treinou após classificação dramática contra o Chile. O técnico Luiz Felipe Scolari sinalizou Paulinho no lugar do suspenso Luiz Gustavo. Mas a entrada desta ou aquela peça fica em segundo plano diante de uma questão de Estado para o país nesta Copa, dada a inoperância do time: Neymar. Quer dizer, o joelho direito dele. ZH apurou que não há problema na coxa esquerda, conforme o divulgado. O tratamento é só no joelho direito. E varou a noite.

A coxa esquerda não inspira mais cuidados. Foi mais uma estratégia para reforçar o cenário de caça à Neymar, já que os árbitros estão sendo condescendentes com os zagueiros, segundo ohar da comissão técnica. Mas o joelho, este sim, merece todo o cuidado. Operação de guerra mesmo.

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Neymar nega problema emocional da Seleção

- Estou bem e recuperado. A Colômbia é parecida com o Chile. Tem jogadores rápidos e talentosos do meio para a frente. O James Rodrígues é ótimo. Vai ser outra guerra - prevê Neymar, reconhecendo que a Seleção não foi bem no Mineirão.

Neymar passou a noite em tratamento. Dormiu com o eletroacelerador no local. O aparelho chama-se Tanyx Ten. É portátil e fixado na perna com bandagem. Os impulsos magnéticos podem ser controlados pelo próprio jogador, reduzindo a dor. É a analgesia, referida na véspera pelo médico José Luiz Runco.

Usada nos intervalos das sessões de tratamento convencional, Neymar pode pedalar, almoçar, fazer uma selfie ou falar ao celular com a Bruna Marquezine sem se separar da maquineta. Tira para treinar, como nesta quarta, claro. Manteve o tratamento sem interrupção nas últimas 24 horas. Manterá o ritmo intensivo até a hora de entrar em campo no Castelão para enfrentar a Colômbia, às 17h.

A operação de guerra para colocá-lo em campo sem limitações de movimentos causadas pelas dores não termina aí. O fisioterapeuta Luiz Alberto Rosan providenciou um reforço no tratamento. Por baixo da faixa atada ao joelho, Neymar usa também um adesivo transdérmico com anti-inflamatório. Como esta parafernália toda é portátil e descartável, dá para usar inclusive nas viagens e após treinos como o desta quarta.

Não se trata de Neymar jogar ou não jogar, mas das condições em que irá a campo. Enquanto se discute o time, a comissão técnica tem de lidar com uma pequena crise. Não pegou bem entre os jogadores as confidências contadas por Felipão para um grupo de jornalistas sobre o chororô pós- jogo com o Chile. A cada pergunta, o desconforto é notório. Ninguém quer brigar com o chefe, mas nenhum aceita a tese do abalo emocional motivado pela pressão de jogar em casa, revelada pelo treinador.

- Não tem abalo emocional nenhum - resumiu Neymar, elogiando o trabalho da psicóloga Regina Brandão, embora admita nunca ter procurado uma.

- Teve um jogo emocionante com o Chile, só isso.

Victor e Ramires também refutaram a tese de crise de nervos. Victor disse que chorar é bom por que extravaza. Ramires lembrou que só alguns choraram, não todos. Até o papo com a psicóloga Regina Brandão, convocada às pressas por Felipão para acalmar os ânimos, foi minimizado. Fernandinho, titular desde a partida contra Camarões, não deixou dúvidas - e antes do novo contato com Regina Brandão:

- Não é mais hora de tratar da parte emocional. É hora de entrar em campo e mostrar por que estamos aqui.

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