Porto Alegre



Aberto há um mês

Cachorródromo da Praça da Encol divide opiniões de usuários

"É difícil juntar cocô de cachorro no escuro", reclama comerciante

26/07/2014 - 10h05min

Atualizada em: 26/07/2014 - 10h05min


Estrutura tem rampas e tubos para os cães brincarem
Foto: FÉLIX ZUCCO


 
Com área cercada, cachorros não se perdem, comemoram donos
Foto: FÉLIX ZUCCO

Félix Zucco / Agencia RBS
Área cercada completa um mês

A abertura do cachorródromo da Praça da Encol, que está completando um mês, foi comemorada por muitos usuários. Alguns problemas, no entanto, foram descobertos já nos primeiros dias. E outros são previstos pelos "cachorreiros".

Clovis Gargioni, 60 anos, frequenta a praça desde sua inauguração. Atualmente, circula na companhia de Lia, uma border collie, que fica solta no novo espaço:

- Acho muito bom. Os donos dos cachorros não incomodam mais os outros. E quem não gosta de cachorro não nos incomoda mais. Mas acho que a praça tem que receber mais lixeiras e melhor iluminação. Fica bem difícil juntar cocô do cachorro depois que escurece - reclama o advogado, contando que os usuários tentam localizar as fezes com a ajuda da luz do celular.

Lia brinca quase diariamente no cachorródromo
Foto: FÉLIX ZUCCO

Josimara Gonçalves, 34 anos, leva o filho Arthur, de três anos, à praça todos os finais de tarde. Há um mês, com a inauguração da área cercada para os cachorros, a tarefa é mais tranquila:

- Pelo menos, isola os cachorros maiores. Antes, soube de vários de ataques de cachorros a crianças por aqui.

Na tarde desta sexta-feira, a poodle Tina e a vira-lata Missi estavam do lado de fora do cachorródromo, entretidas e incansáveis na missão de buscar a bolinha arremessada por Roger de Simoni, 58 anos, comerciante. O morador do Petrópolis considera o cachorródromo democrático, pois tanto quem tem criança quanto quem tem cachorros grandes pode usufruir da praça com menos preocupações. Mas tem ressalvas à estrutura:

- O que eu acho do "atolódromo"? Que troço horrível. Tem chovido muito nos últimos dias e está um barral. Aí não dá para ir lá. Não tenho como dar banho na Tina e na Missi todos os dias.

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Área cercada tem 820 metros quadrados
Foto: FÉLIX ZUCCO

Já Joseane Gloeckner, 34 anos, advogada, não vê com bons olhos a iniciativa:

- Não gostei da proposta. A praça é um local de convívio comunitário, e o cachorródromo promove uma segregação. Além disso, nos finais de semana, fica pequeno, muito lotado. No verão, os cachorros vão sofrer com a falta de sombra - avalia Joseane, que leva o lhasa apso Borges diariamente à praça.

Nova iluminação prevista para agosto

A respeito da iluminação, Luiz Fernando Colombo, diretor da Divisão de Iluminação Pública (DIP) da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), a ordem de início das obras será assinada na próxima semana.

- Após a ordem de início, a empresa tem alguns dias para se organizar a começar as obras. Vamos trocar toda a iluminação

A praça possui hoje um sistema com postes em aço (com 15, dez e quatro metros de altura). O novo layout propõe reformulação e modernização com uso de lâmpadas LED. Serão 121 pontos de luz distribuídos entre lâmpada vapor metálico e LED.

O valor empregado na revitalização e na manutenção diária da Praça da Encol, adotada pela construtora Melnick Even, é de R$ 240 mil. Desse total, R$ 80 mil foram investidos apenas no cachorródromo, que foi equipado com obstáculos de concreto.

Já foram instalados 25 novos bancos e 15 novas lixeiras, dentre outras ações. De acordo com a assessoria de imprensa da Melnick Even, a empresa aguarda a liberação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) para colocar em prática o restante do projeto - o que inclui quadras de futevôlei, deslocamento da parada de ônibus da Avenida Nilópolis, alguns passeios de basalto e rampas para acessibilidade.

Em imagens, o cachorródromo da discórdia:


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