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Luto

Corpo de Ariano Suassuna é velado no Recife

Enterro do escritor está marcado para a tarde desta quinta-feira

24/07/2014 - 12h42min

Atualizada em: 24/07/2014 - 12h42min


MARCELO LOUREIRO / ESTADÃO CONTEÚDO
Suassuna estava internado desde segunda-feira no Real Hospital Português, após ter sofrido um acidente vascular cerebral hemorrágico

O corpo do escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna está sendo velado desde a noite de quarta-feira no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Ele será enterrado nesta quinta-feira, às 16h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife.

Suassuna morreu ontem, às 17h15min, de parada cardíaca, provocada pela hipertensão intracraniana. Ele estava internado desde segunda-feira (21) no Real Hospital Português, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.

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Suassuna tinha 87 anos e era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1994, ocupando a Cadeira 32. Ele foi autor de dezenas de peças de teatro e de livros, sendo o Auto da Compadecida a de maior alcance popular.

Falecimento gera manifestações de pesar
Diversas autoridades lamentaram a morte do escritor. Dilma Rousseff destacou que a literatura brasileira perdeu uma grande referência cultural, com a morte do escritor e dramaturgo. Em nota, a presidente disse que "Suassuna foi capaz de traduzir a alma, a tradição e as contradições nordestinas em livros como Auto da Compadecida, Romance d'A Pedra do Reino e O Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta."

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a morte do escritor é "uma perda irreparável para a cultura nacional". O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), lamentou a morte de Suassuna e ressaltou a genialidade da obra e a grande falta que o escritor fará à cultura nacional.

O presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, e o acadêmico Evanildo Bechara representam a academia no funeral de Suassuna. A ABL determinou luto oficial de três dias. Em nota, Cavalcanti lembrou o fato de que Suassuna é o "terceiro grande acadêmico" que a academia perde no espaço de um mês - ele se refere a Ivan Junqueira, morto no dia 3 de julho, e a João Ubaldo Ribeiro, no dia 18.

* Agência Brasil

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