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Conflito

Holandeses se negam a expulsar filha de Putin

Prefeito de cidade no sudeste da Holanda declarou em sua conta no Twitter que Maria Putin deveria ser expulsa do país

24/07/2014 - 11h13min

Atualizada em: 24/07/2014 - 11h13min


Os apelos para expulsar da Holanda a filha do presidente russo, Vladimir Putin, pela derrubada do voo MH17, não provocaram muita adesão no país. De acordo com os comentários feitos pela imprensa e nas redes sociais, Maria Putin, 29 anos, que mora na Holanda, não tem culpa pelo que aconteceu ou por supostas atitudes de seu pai. Um exemplo de observadores foi a rainha Máxima, que nunca foi castigada pelo passado de seu pai, ministro durante a ditadura argentina.

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Ativistas ucranianos e parte da imprensa de direita defenderam que Maria deveria ser punida pelo suposto papel desempenhado por seu pai na catástrofe aérea. Mas muitos responderam que não se pode responsabilizar uma pessoa pelos pecados de seus pais.

O prefeito da cidade de Hilversum, a sudeste de Amsterdã, onde muitas vítimas do acidente de avião na Ucrânia moravam, ocupou a primeira página dos jornais na quarta-feira, quando pediu que a filha de Putin fosse expulsa. Porém, o prefeito Pieter Broertjes rapidamente retirou seu apelo, considerando-o imprudente. - Veio de um sentimento de impotência que muitos conhecerão - tuitou Broertjes, ex-jornalista. - Sim. É uma possibilidade - escreveu a revista mensal HP de Tijd em sua edição digital, após o apelo de Broertjes a punir Maria, que se mudou para a Holanda com seu marido holandês há dois anos.

Alguns sites exigiram a renúncia de Broertjes por seu pedido de expulsão.

- Se uma filha é efetivamente responsável pelos atos de seu pai, então a rainha Máxima Zorreguieta (seu nome de solteira) deveria ter deixado o país há tempos - escreveu outro jornal holandês. Seu pai, Jorge Zorreguieta, foi de 1979 a 1981 ministro da agricultura sob o regime argentino do general Videla.

*AFP

MIKHAIL KLIMENTYEV / RIA-NOVOSTI

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