Esportes



Juntar os cacos

Os cinco desafios de Dunga no seu retorno à Seleção

Novo técnico da Seleção precisa remotivar o grupo, encontrar um time competitivo e classificar o Brasil em meio a seleções que foram bem na Copa

22/07/2014 - 05h01min

Atualizada em: 22/07/2014 - 05h01min


Fernando Gomes / Agencia RBS
Dunga esteve no Inter em 2013 no período entre uma passagem e outra pela Seleção

Dunga precisou da segunda chance para ter sucesso como jogador da Seleção Brasileira. O fracasso de 1990 se transformou em motivação para levar o troféu quatro anos mais tarde, nos Estados Unidos. Agora, como técnico, terá outra segunda chance. Depois da eliminação nas quartas de final em 2010, o gaúcho de Ijuí ganha a oportunidade de comandar a nova geração brasileira no ciclo que culmina no Mundial da Rússia, em 2018.

Dez frases que marcaram a carreira de Dunga como técnico
Opine sobre a escolha de Dunga como técnico Seleção Brasileira
Adroaldo Guerra Filho: Dunga é o técnico da Seleção

Na sua volta, o treinador precisa superar cinco desafios para repetir o bom trabalho que fez e, de quebra, ir melhor do que foi na sua primeira passagem. Confira:

1 - Remotivar e controlar o vestiário
Se fosse em um clube, Dunga chegaria em um vestiário de uma equipe que está lutando para não cair em um campeonato. A missão é a mesma, apesar de o tempo ser maior: remotivar um grupo de jogadores - ainda que não os 23 da Copa do Mundo -, e usar seu pulso firme para controlar o vestiário que, muito provavelmente, ainda sofrerá com a pressão do fiasco brasileiro no Mundial.

Foto: Pedro Ugarte/AFP


2 - Encontrar um camisa 9
O fracasso de Fred vestindo uma das camisas mais importantes da Seleção ficou muito marcado na Copa. E seu substituto, Jô, mostrou-se igualmente incapaz. Com Alexandre Pato e Leandro Damião não conseguindo boas atuações há algum tempo, Dunga tem a missão de encontrar alguém que possa ser o centroavante do time brasileiro. As opções não são muitas nem nas seleções de base. Mudar o esquema e jogar sem um atacante de área pode ser uma das saídas, algo que Felipão preferiu ignorar na última Copa.

Foto: Jefferson Botega/Agência RBS


3 - Vencer a Argentina no Superclássico
Nada melhor que vitórias para apagar derrotas. Por mais que não tenha o peso de um Mundial, o Superclássico das Américas é importante para o Brasil por dois motivos. Primeiro, para recuperar um pouco da autoestima e da confiança que a Seleção perdeu. Segundo, já que só podem ir jogadores que atuam em clubes brasileiros, para observar a qualidade do material que Dunga tem à disposição para a disputa das Olimpíadas em 2016 e da Copa daqui a quatro anos. E isso aconteceria em um momento de grande contestação ao nível dos jogadores que atuam no país. Uma vitória poderia amenizar esse quadro.

Foto: Fabrice Coffrini/ AFP


4 - Bom desempenho nas Eliminatórias
Uma reclamação constante na preparação do Brasil visando a disputa do Mundial em casa foi a falta de jogos competitivos. Apesar de ter feito amistosos com equipes consideradas grandes, a Seleção não conseguiu atingir um nível de competição como as demais seleções. Com as Eliminatórias e tendo que garantir uma vaga na Copa do Mundo, espera-se um conjunto mais encorpado por parte do time brasileiro, até para encarar os adversários que se mostraram fortes na Copa.


Foto: Vanderlei Almeida/ AFP

5 - Relacionamento com a imprensa
Dunga não tem reconhecidamente o melhor dos relacionamentos com a imprensa. Na preparação do Brasil para a Copa, e também durante a mesma, muitas foram as vezes em que o treinador se indispôs com os jornalistas. Talvez pelo seu jeito de não gostar de quaisquer tipos de intromissões no seu trabalho, o técnico acaba se exaltando em algumas entrevistas coletivas. Não é fundamental ter a imprensa como "amiga" para ter sucesso na Seleção Brasileira, mas um ambiente harmônico entre time, torcida e mídia sempre é bom para todos.


Foto: Tadeu Vilani/ Agência RBS

ZHESPORTES


MAIS SOBRE

Últimas Notícias