Eleições 2014



Na bancada

Ana Amélia Lemos é a terceira candidata entrevistada no RBS Notícias

Representante do PP, senadora falou durante cinco minutos sobre temas como dívida com a União, concessão de estradas e investimentos

20/08/2014 - 20h11min

Atualizada em: 20/08/2014 - 20h11min


A série de entrevistas do RBS Notícias com os principais candidatos ao governo do Rio Grande do Sul recebeu, nesta quarta-feira, a senadora Ana Amélia Lemos (PP) na bancada do programa. A rodada termina nesta quinta-feira, com a participação dos quatro primeiros colocados nas pesquisas eleitorais. O último entrevistado será Tarso Genro (PT).

Assim como foi com José Ivo Sartori (PMDB), na segunda, e Vieira da Cunha (PDT) ontem, Ana Amélia teve cinco minutos para falar de temas levantados pelos apresentadores Simone Lazzari e Elói Zorzetto. Com pouca variação, os temas foram corte de gastos, dívida com a União, investimentos em infraestrutura, concessão de rodovias e reforma previdenciária.

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O pontapé da entrevista foi dado com uma pergunta sobre a proposta da candidata em melhorar os serviços prestados usando menos recursos. De onde cortar os gastos, questionou Zorzetto.

- Quando você pensa que existem seis mil CCs (cargos em confiança), não é só o salário dos contratados por motivos eminentemente políticos, e não por eficiência, que contam. Porque CCs são necessários, sim, mas o critério para escolha é qualificação. A outra questão é eles envolvem gastos de diárias, automóveis, secretárias, luz, telefone. O conjunto disso é que temos que reduzir bastante - respondeu Ana Amélia.

Zorzetto questionou se a redução teria que ser de 10%, que é o déficit atual do Estado.

- Teremos de reduzir também as secretarias...

O apresentador interrompeu a resposta e perguntou quais seriam as secretarias.

-  Nós estamos em um começo de campanha eleitoral e se eu apresentar agora tudo que for feito não terá mais novidades para o eleitor - disse a senadora.

O próximo assunto abordado foi a melhoria e modernização das estradas gaúchas, outra proposta de campanha da candidata. No entanto, alegando que o Estado não tem dinheiro para investir, os apresentadores questionaram se a saída, para Ana Amélia, seria retomar a iniciava privada das concessões. Como resposta, ela criticou o formato atual, criado no governo Tarso Genro, em que a estatal Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) administra as rodovias estaduais.

- Criar uma empresa que dizem que é publica e não é, porque ela é uma S.A. (sociedade anônima), e ela mandou para Brasília impostos a partir da receita obtida de R$ 23 milhões e, mais do que isso, o governo tirou da EGR R$ 41 milhões e botou no Caixa Único, somando são R$ 64 milhões que sangraram. Dinheiro que poderia estar tapando buracos - defendeu a candidata.

Ao final da resposta, disse que a administração das rodovias poderia mudar para as mãos do Daer (Departamento Autônomo de Rodovias) ou modificar a natureza jurídica da EGR, justificando que a estatal contrata empresas privadas para cobrar o pedágio e manter as estradas, ou seja, "se diz pública, mas é privada, pois tem lucratividade".

- A senhora é a favor os pedágios? - emendou Zorzetto.

- Se o Estado tivesse condições de ter estradas, porque as pessoas pagam impostos, a forma que você tem de manter estradas será essa forma. Mas uma forma de pedágios que a comunidade possa pagar e preços compatíveis com o usuário dessa estrada. O que não está certo hoje é a EGR estar cobrando pedágio, não oferecendo ambulância, guincho e nem recuperando a estrada.

Na sequência, o tema foi a renegociação da dívida e como a candidata pretendia solucionar o problema, sendo que os últimos governadores tentaram a mesma medida e não tiveram sucesso. Corrigindo o apresentador, Ana Amélia disse que a dívida atual do Estado é de R$ 50,4 bilhões e respondeu:

- Estou trabalhando intensamente numa proposta, porque nós temos um crédito com o governo federal, das isenções da Lei Candir, que nunca foi cobrado. E temos um débito que é essa dívida com a União. Se temos um crédito e um débito, vamos fazer um acerto de contas - disse, emendando uma crítica à proposta que muda o indexador da dívida, pois ela poderia endividar o Estado ainda mais.

A última pergunta antes de acabar o tempo foi sobre a reforma previdenciária e se a candidata considera fazê-la.

- Temos que tratar urgentemente disso pra assegurar aos que estão entrando no serviço público tenham a garantia de que vão receber, pra não receber um calote do governo como receberam aqueles que acreditaram no Fundo Aeros (Fundo de Previdência Complementar).


Confira a ordem das entrevistas do RBS Notícias*:

18/08 - José Ivo Sartori
19/08 - Vieira da Cunha
20/08 - Ana Amélia Lemos
21/08 - Tarso Genro

*Os candidatos que não forem entrevistados na bancada terão uma reportagem de apresentação exibida no telejornal.

*Os candidatos que não forem entrevistados na bancada terão uma reportagem de apresentação exibida no telejornal.


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