Em 16 anos, a população do Rio Grande do Sul deverá crescer em torno de 335 mil pessoas, quase o número atual de moradores de Canoas. A projeção foi divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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- A taxa de fecundidade (número médio de filhos por mulher) caiu novamente no Estado, como vem ocorrendo há três décadas. Hoje, é bem baixa (1,58), inferior à taxa natural de reposição (2 filhos), que seria o ponto de equilíbrio - diz o supervisor de informações do IBGE no Estado, Ademir Koucher.

Em razão da queda do índice de fecundidade, a projeção é de que, em 16 anos, a população gaúcha comece a encolher, em percentual estimado de -0,01. O chamado "crescimento negativo" é um fenômeno já experimentado por países europeus como Portugal, Alemanha, Grécia e Itália.

Êxodo rural também preocupa prefeitos

Com uma das taxas de fecundidade mais baixas do mundo, Portugal registrou também a menor taxa de natalidade da União Europeia em 2013, abaixo da taxa de mortalidade. Em um ano, o país viu a sua população encolher em 60 mil habitantes. Na Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o fenômeno é visto com preocupação.

- O êxodo rural está diminuindo ainda mais a população dos pequenos municípios do Interior. Precisamos combater essa queda para desenvolver a economia gaúcha - afirma o presidente da entidade, Seger Menegaz (PMDB), prefeito de Tapejara.

O Rio Grande do Sul é o quinto Estado com a maior população (11,2 milhões) - alta de 0,38% em relação a 2013. São Paulo é o mais populoso (44 milhões) e Roraima, o menos (496,9 mil habitantes).

Porto Alegre - 10ª maior cidade do país, com 1,47 milhão de pessoas - foi a que teve menor crescimento: 4.666 pessoas (0,32%).

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