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RS está no limite da capacidade de endividamento, diz secretário

Odir Tonollier afirma que diferença entre receita e despesa do Estado está maior do que em 2013

21/08/2014 - 12h17min

Atualizada em: 21/08/2014 - 12h17min


Bruno Alencastro / Agencia RBS
Titular da Fazenda falou ao "Gaúcha Atualidade"

O secretário estadual da Fazenda, Odir Tonollier, afirmou nesta quinta-feira que o Rio Grande do Sul está no limite da capacidade de endividamento. A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira, no programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. O secretário comentava o contrato de operação de crédito no valor de US$ 280 milhões, assinado na quarta-feira com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento.

- Preenchemos o espaço que existia. Desde a assinatura do contrato da dívida até dois, três anos atrás, o Rio Grande do Sul não teve acesso a nenhuma operação de crédito, investiu muito pouco, a não ser com recursos das privatizações - declarou Tonollier. - Isso contribuiu para o atraso do Estado, inclusive em relação ao crescimento do país - acrescentou.

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Na visão do titular da Fazenda, a renegociação da dívida com a União (projeto está no Senado para votação) abrirá espaço para novas operações de crédito:

- Pagávamos 6% e passaremos a pagar 4%. Abrirá, inicialmente, R$ 3 bilhões de um novo espaço, em condições muito melhores do que nós estamos.

Atualmente, uma das medidas utilizadas pelo o governo para bancar seus gastos é a retirada de depósitos judiciais - é permitido que seja sacado até 85% do dinheiro, limite do qual o Estado está próximo.

- Este ano, a situação financeira do Estado está resolvida, apesar de que houve queda sensível da arrecadação no último trimestre por conta dos efeitos da Copa - explica Tonollier, citando dias não trabalhados no período.

O Rio Grande do Sul tem como fonte de arrecadação básica o ICMS, cuja previsão é que chegue ao final do ano com R$ 25 bilhões. Foram arrecadados cerca de R$ 15 bilhões, o que representa um pequeno aumento real em comparação com 2013.

- Não podemos precisar o déficit, mas é superior ao do ano passado, por redução na receita. E o patamar da despesa cresceu um pouco - diz o secretário. - O projeto do governador era de ter algum risco e conviver com algum aumento de déficit, mas preparar o Rio Grande do Sul para um crescimento com normalidade dos serviços públicos, que é a razão de existência do Estado - finalizou.

Ouça a entrevista completa ao Gaúcha Atualidade

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*Zero Hora


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