Eleições 2014



Governo do RS

Tarso Genro é o último candidato entrevistado no RBS Notícias

Atual governador do Estado, do PT, falou durante cinco minutos sobre temas como dívida com a União e segurança

21/08/2014 - 20h31min

Atualizada em: 21/08/2014 - 20h31min


A entrevista com o atual governador, Tarso Genro, encerrou, nesta quinta-feira, a série de entrevistas do RBS Notícias com os principais candidatos ao governo do Rio Grande do Sul. A rodada começou na segunda-feira e recebeu, na bancada do programa, os quatro primeiros colocados nas pesquisas eleitorais, em ordem definida por sorteio.

Assim como foi com José Ivo Sartori (PMDB), Vieira da Cunha (PDT) e Ana Amélia Lemos (PP), Tarso teve cinco minutos para falar de temas levantados pelos apresentadores Simone Lazzari e Elói Zorzetto. Com pouca variação, os temas foram corte de gastos, dívida com a União, investimentos em infraestrutura, concessão de rodovias e reforma previdenciária.

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Assunto que vem sendo destaque na série, a entrevista começou abordando os problemas financeiros do Estado. Zorzetto lembrou que Tarso chegou a dizer que seria candidato se não houvesse a renegociação da dívida pública, o que está encaminhado. O apresentador questionou se esta medida não seria como adiar o problema.

- Não. Pela primeira vez na história do Rio Grande do Sul, vamos abater o valor da dívida. Aprovado este projeto em novembro, conforme a presidenta já manifestou, nós vamos reduzir a dívida em R$ 15 bilhões. Isso é um feito extraordinário - ressaltou o candidato à reeleição.

- De que maneira vai ser reduzida? - aprofundou Zorzetto.

- Porque muda os índices de correção da dívida. Caindo R$ 15 bilhões, abrimos um novo espaço de contratações de empréstimos - respondeu o governador.

Ainda sobre a economia gaúcha, Simone interrogou o candidato sobre o compromisso assumido pelo atual governo com os reajustes escalonados de algumas categorias até 2018. Com um orçamento estrangulado e aumento de gastos com pessoal, de que forma será possível fechar as contas, caso outro candidato seja eleito.

- Nós não temos divergências com nossos adversário sobre o diagnóstico, o que nos temos divergência é sobre como sair dessa situação. A nossa visão é que só se pode sair investindo, qualificando o serviço público, fazendo o Estado crescer, distribuindo renda, gerando emprego e não se acovardando perante a crise, e ficar estagnado vendo o bonde passar. É por isso que o Brasil está crescendo o dobro do Brasil, inclusive -

O tema seguinte foi sobre o investimento do Estado, que, conforme os apresentadores, tem margem negativa desde 1999 e só tem capacidade de investir com recursos de terceiros. Como, então, atender as demandas de mais segurança, saúde e educação da população, caso eleito.

Tarso respondeu que vai dar seguimento ao que a atual gestão vem fazendo, com investimentos investimentos internacionais, de depósitos judiciais.

- Foi dessa maneira que se chegou aos 12% (do orçamento) destinados à saúde e nós conseguimos reequipar a Brigada Militar, reestruturar os quadros de carreira e acabar com brutal arrocho salarial que os nossos servidores estavam submetidos aqui no Rio Grande do Sul - disse o candidato.

Na mesma resposta, Tarso criticou os ataques dos candidatos de oposição:

- Eu estou dizendo qual é a minha política de transição, os meus adversários não estão. Só estão dizendo que o Estado está quebrado.

Ainda sobre o mesmo tema, Zorzetto questionou sobre a possibilidade de a fonte de investimentos usada por Tarso e também pelos governadores anteriores, as decisões judiciais, "secar".

- Não, elas são constantemente alimentadas e eu vou usar todos os recursos que a lei me permite - respondeu.

- O que nós não podemos admitir aqui no Rio Grande do Sul é essa visão de que o Estado não tem saída, porque isso daí baixa as expectativas, intimida os investimentos. Sendo que nós temos a maior carteira de investimentos privados da história do Estado que vem de fora. Nós não podemos abaixar a cabeça pra crise, nós temos que fazer o Estado crescer e é essa a minha proposta  - emendou o governador.

O último assunto abordado foi segurança. A pergunta feita foi sobre qual a proposta do candidato para manter a sensação de segurança dos porto-alegrenses vivida durante a Copa e com a força-tarefa de policiais na Capital, que deve durar até o fim do ano, sem desguarnecer o interior do Estado.

- Já estamos providenciando, que um concurso público para admitir mais 2 mil brigadianos que vão ser distribuídos. Além de aplicar uma política muito forte de combate às quadrilhas, ao tráfico de drogas, aos assaltos - apontou Tarso.

Para finalizar a fala, apontou que, quando assumiu o governo, a elucidação de casos de homicídios no Estado era de 22% e que hoje o índice é de 72% e que o número de morte de mulheres caiu 32%.


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