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Polêmica dos trotes

UFSM dá por encerrado o caso de trote abusivo

Jovem que entrou em coma após a confraternização foi ouvido na manhã desta terça-feira

20/08/2014 - 14h40min

Atualizada em: 20/08/2014 - 14h40min


Pâmela Rubin Matge
Pâmela Rubin Matge
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Foi ouvido na manhã desta quarta-feira, o calouro do curso de Engenha­ria Mecânica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que entrou em coma alcoólico e teve hipotermia após uma festa realizada pelos veteranos da turma. O fato aconteceu em 13 de agosto, no Parque Itaimbé.

Segundo diretor do Centro de Tecnologia (CT), Luciano Schuch, o jovem foi ouvido por cerca de 20 minutos na presença de outros colegas e declarou que ninguém o obrigou a ingerir bebidas alcoólicas durante a confraternização . Ele também contou que, na noite anterior, completou 18 anos e participou de uma festa onde bebeu na companhia da família, fato que pode ter comprometido o agravamento do seu estado de saúde.

Ainda, conforme o relato do estudante, ele acordou às 14h, se alimentou pouco e chegou na festa da turma por volta das 16h, não voltando mais para casa e indo parar no hospital.

Contudo, Schuch disse que os veteranos admitiram ter colocado óleo queimado na roupa do calouro para denotar o ingresso ao curso de Engenharia Mecânica.
_ Ficou muito claro que nem ele e nem os outros colegas foram obrigados a beber. O caso específico deste curso se dá por encerrado, mas qualquer um pode procurar à direção ou a ouvidoria da universidade para se manifestar e particular ou fazer alguma denúncia _ esclarece o diretor.

Para o próximo semestre, o CT está desenvolvendo uma campanha junto ao curso de Relações Públicas para evitar que os trotes sejam repetidos. Além disso, a instituição continuará a promover a Semana do Acolhimento, que contempla atividades como shows, competições de programação de computadores e amigo secreto para recepcionar os novos alunos.

_ Vamos tentar trabalhar para que isso não se repita no próximo semestre em nenhum curso. E esse não deve ser um trabalho isolado, é preciso a participação de pais, alunos e de toda comunidade. Às vezes, os jovens e a própria família gostam de mostrar aprovação, mas queremos mostrar que há outras formas de comemorar_ explica Schuch.


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