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Maior, mas ainda mini

Carro elétrico desenvolvido por gaúcho ganha nova versão

Quatro anos depois do primeiro protótipo, inventores aprimoraram o veículo, mas continuam atrás de investidores

15/09/2014 - 05h06min

Atualizada em: 15/09/2014 - 05h06min


Vanessa Kannenberg / Uruguaiana
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Divulgação / Precede
Única imagem divulgada do JAD2 é da parte traseira, para não "mostrar demais"

O sonho ainda é o mesmo: ser o primeiro carro elétrico fabricado no Brasil. Mas o protótipo que pode realizar o desejo do inventor e empresário gaúcho João Alfredo Dresch mudou. Nesta semana, o aposentado, junto com o sócio e engenheiro Marcos Büneker, divulgou as primeiras (e limitadas) informações da segunda geração do JAD.

Com aparência mais esportiva e com o prata substituindo o antigo "vermelho tangerina" da lataria, o carro elétrico ficou maior - embora não tenha deixado de ser "mini". Agora, ao invés de 1,95 metro de comprimento, o veículo de dois lugares tem 2,5 metros, mas continua com 1,20 metro de altura e 1,05 metro de largura. A mudança tem como objetivo facilitar futuras adaptações de baterias, já que anualmente a tecnologia se renova.

O JAD2 (nome do modelo, que vem das iniciais do inventor) também ganhou um motor mais potente (fornecido por uma empresa de Santa Catarina) e uma caixa de transmissão com desenvolvimento próprio. Outros detalhes e modificações são guardados a sete chaves, já que se trata de um projeto inovador e que deve passar a ser fabricado em larga escala em até dois anos.

- Estamos divulgando só uma foto e da traseira do carro, que é pra não mostrar demais, porque o que tem de gente de olho... - deixa no ar o sempre bem humorado Dresch.

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- O primeiro modelo nasceu de uma vontade do João de criar um carro elétrico e foi feito todo na prática, com peças prontas. Agora, cada novo detalhe é projetado no computador, simulado e testado - explica Büneker.

Com o novo protótipo pronto, os empreendedores, que já abriram a empresa Precede Automotive, com sede em Teutônia, no Vale do Taquari, estão na fase de estudo de viabilidade econômica.

- Precisamos avaliar, por exemplo, qual o volume de produção, se vale a pena produzir mais para baratear o valor final do carro, para depois ir atrás do governo e dos bancos e negociar o investimento - afirma Büneker.

Depois disso, o próximo passo é definir quais serão os investidores - ou melhor, escolher, porque não foram poucos os interessados, inclusive do Exterior, que procuraram os desenvolvedores desde a publicação da reportagem em Zero Hora, no início deste ano. Depois disso, o invento estampou as principais publicações do setor automotivo do país e foi parar, ao vivo, no programa da Ana Maria Braga, da Rede Globo.

O trabalho de gestão do novo projeto está sendo desenvolvido em Teutônia, enquanto a equipe de engenharia e desenvolvimento está sediada em Caxias do Sul, na Serra, com ajuda da Incubadora Tecnológica da universidade local (UCS). O município que sediará a futura fábrica, no entanto, ainda não foi definido, pois depende do estudo de viabilidade e da definição do investidor.


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