Eleições 2014



Corrida ao Piratini

Cinco momentos do debate entre os candidatos a governador

Apesar do embate tranquilo, concorrentes protagonizaram situações polêmicas - e descontraídas

23/09/2014 - 22h56min

Atualizada em: 23/09/2014 - 22h56min


Marcelo Oliveira / Agencia RBS
Debate na Rede Pampa reuniu os cinco candidatos mais bem posicionados nas pesquisas

Os estúdios da Rede Pampa, em Porto Alegre, serviram de palanque para que os candidatos ao Piratini repetissem as discussões mais frequentes na campanha: a dívida pública e o piso do magistério.

Sem propostas novas, os principais concorrentes protagonizaram, em quase duas horas na noite desta terça-feira, um embate tranquilo - mas isso não significa que não tenha havido polêmica e até descontração. Veja como foram cinco momentos do debate: 

No Guiness Book

Vieira da Cunha (PDT) voltou a relembrar a história de que o ex-governador Leonel Brizola, orgulhoso de ter construído 6,3 mil escolas, reivindicaria um lugar no Guiness Book. O governador Tarso Genro (PT) aproveitou o mote para provocar o trabalhista:

- Também vou querer um lugar no Guiness. Dei 76% de aumento para o magistério em quatro anos, o maior da história.

A declaração indignou o pedetista. Ele afirmou que Tarso descumpriu a lei do piso, assinada pelo governador quando era ministro da Educação.

- Em 2010, tu dissestes que ia cumprir a lei. Tu tens que te inscrever em outro almanaque - exaltou-se, num gesto classificado como "teatro" pelo petista.

CC no Senado

Temendo ataques dos adversários, Ana Amélia Lemos (PP) iniciou o debate na defensiva. Em sua primeira participação, reclamou do "aumento da boataria" na reta final da corrida ao Piratini, embora tenha assegurado que essa reação não a abalaria.

Ela voltou a reclamar quando Roberto Robaina (PSOL) recordou a passagem dela no gabinete do senador biônico Octávio Omar Cardoso, entre 1986 e 1987, como cargo em comissão (CC).

- Lamento que o senhor tenha descido ao nível rasteiro da campanha eleitoral - afirmou Ana Amélia.

Robaina reagiu. Destacou que tocou no assunto para tentar mostrar que a candidata "tem ligação com o PP desde que o partido era a expressão dos interesses da ditadura".

- Só estou reconstituindo sua trajetória, tanto que nem citei que a senhora era CC no gabinete do seu marido.

Não é bem assim

É possível Ana Amélia Lemos se sentir satisfeita com uma declaração de Tarso Genro? Por minutos, os telespectadores do debate acreditaram que sim.

- Fico gratificada com o reconhecimento do governador de que o PP valoriza a agricultura familiar - afirmou a senadora.

Ela se referia a uma participação anterior do petista no debate, que respondia a Robaina por que o PT era aliado do PP em mais de 70 municípios gaúchos. Tarso não gostou da reação de Ana Amélia:

- O que falei é que o PP é ligado à agricultura familiar (e essa seria uma das razões da aliança nas cidades). O que a senhora disse é diferente do que falei.

Sempre em construção

Ao fazer um questionamento sobre segurança, José Ivo Sartori (PMDB) aproveitou para divulgar o lançamento do seu plano de governo, ocorrido nesta terça-feira. Abriu um flanco para ouvir uma provocação de Vieira da Cunha:

- Quero saudá-lo pelo lançamento do plano de governo. Antes tarde do que nunca - afirmou, lembrando que seu programa está pronto desde o primeiro semestre.

O peemedebista não se abalou:

- O nosso programa nunca está concluído. Está sempre em construção.
 
Sartorão das massas

Sartori destinou seu discurso final para flertar com os jovens. Ele citou um apelido que começa a ganhar as redes sociais - e garantiu um dos picos de tuítes sobre o debate, conforme monitoramento de Zero Hora (veja quadro abaixo).

- Agradeço a juventude pela mobilização na internet, inclusive me chamando de Sartorão da Massa, embora o apelido não caiba muito para mim.


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